terça-feira, 26 de outubro de 2010

AMOR PRÓPRIO OU UMA PASSADA NA REALIDADE

Psiu!

Não adianta fingir que as coisas foram normais, quando o seu peito ainda guarda um tiquinho de angústia.

Não adianta fingir que tem um coração de pedra, com blindagem especial, quando, na verdade, você está tentando saber por onde começa a juntar os cacos. Sim, menina. Ele está esperando ser recomposto. Ele está aguardando a sua coragem e a sua decisão, para voltar a bater como antes. Para voltar a bater forte. Para voltar a acalmar-se. Sim, desconfio que ele está cansado desse ritmo frenético a que você vem submetendo-o. Parece que ele não tem mais aquela força para pulsar de tanta ansiedade. Ele também precisa recuperar o fôlego de vez em quando. Tenta avisar isso a sua cabeça, princesa. Ela tem que saber que, em alguns momentos, ela precisa dar uma trégua para o resto de você. O resto de você tenta levar na esportiva, mas tem horas que ele sucumbe e pede pra descansar.

É verdade. Não adianta fingir que você é moderna, quando você ainda acredita em amores "um do outro". Não adianta achar que pode vivenciar uma relação aberta, quando tudo o que você sempre desejou é poder ter um mundinho fechado, privê, para ter onde abrigar-se nas noites de chuva. Para ter onde gritar de alegria junto a alguém, sem que precise dar explicações para tudo o que está além desse "templo particular". Você não é disso querida. Tem coisas que a boa vontade não resolve, aprenda de uma vez. E lutar contra a sua natureza é perder-se dentro de você. E pode confiar: aqueles que gostam de você, gostam dessa aí, desse jeitinho meio maluco e sonhador. Não tente fingir o que não é, para adequar-se. Não tente aceitar o que você não compreende se o motivo não for realmente justo para você. Será que você não cansou dessa luta inútil contra você mesma?

Sim, você tinha razão. Ficou claro que você não estava pedindo nenhum acontecimento espetacularmente planejado. Ficou provado que os seus desejos eram simples, banais, fáceis de serem atendidos. Mas talvez essa constatação tenha chegado na hora errada. Permita-me uma correção querida: talvez tenha chegado de uma forma que você não é capaz de sustentar.

É, seus anseios são simplórios para a maioria e, veja só: nem isso você conseguiu alcançar ainda. Mocinha, preste atenção na caminhada. Não queira uma felicidade fulgáz, se, durante a noite, as interrogações não te deixarão dormir em paz. Deseje um pouquinho mais. Só um pouquinho. Se não conseguir, você estará no mesmo lugar. Isso é tudo o que de pior pode acontecer no cômodo reservado ao coração da sua casa. Uma casa muito engraçada…

Sim, eu sei que perder não é fácil. Mas acorde garota. O que você está tentando guardar na caixinha, já evaporou-se faz um tempinho. Sim, eu sei. Continuam a dizer que o presente é seu, que ele está guardado, esperando a hora certa. Talvez você encontre-o embaixo da árvore de Natal, quando dezembro chegar. Talvez não… Por isso querida, não alimente-se de incertezas. Elas não bastam. Lembra quantas vezes você já fêz essa tentativa? Lembra em quantas ocasiões você obteve sucesso? Desculpe a honestidade, mas nenhuma. Simplesmente porque você é assim, diferente. Você precisa saber por qual estrada está indo, mesmo que tenha consciência que existem alguns buracos no caminho. Mas você precisa saber, minimamente, o que vem pela frente. Ou pelo menos para onde está indo.

Eu estou lhe pedindo. Pelo menos essa vez, leve em consideração tudo o que o seu lado esquerdo do cérebro lhe emite incessantemente. Sua felicidade flôr, não está em sofrer para evitar o sofrimento alheio. Desista. Você não é Madre Teresa de Calcutá nem tampouco ocupará posto equivalente. Acorde. As pessoas estão preocupadas com a felicidade delas, primeiramente. É por isso que você normalmente está na fila de espera, aguardando ser chamada, com a paciência que pegou emprestada de Jó. Sim, tem gente passando na sua frente e você continua achando que alguém vai lhe dar a ficha da vez só por causa dessa carinha bonita. Olha, vê como as suas perninhas não páram. Essa paciência, de fato não lhe pertence. Pode até ficar simpática na foto, mas por dentro, tá tudo ficando um pouco sem cor. Pessoa… olhe pra você pelo menos um vez. Mas coloca aquelas lentes grandonas, profissionais, porque parece que aquele transtorno dismórfico atingiu também o seu cérebro. Os outros estão preocupados com a paz que lhes cabe. É isso. Você é legal, simpática, boa praça. Mas isso não vai fazer com que ninguém perca o foco.

Assim, tenta uma vezinha. Uma vezinha só. Olha pro teu umbigo bonitona, porque talvez assim, você enxergue melhor.

E tenho dito por você!


04 de agosto de 2008

domingo, 24 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MULHERES

Tenho pensado muito a respeito de todas as cobranças despejadas sobre nós, mulheres. O tanto de coisa que a gente tem que ter, fazer, conquistar, para poder ser bem-vinda no rol das mulheres bem-sucedidas, segundo a óptica dessa sociedade cruel em que nós vivemos. Tudo bem, o pensamento parece ter evoluído por um lado. Conquistamos a nossa independência, mas esqueceram de nos avisar que ela vem arrastando um monte de obrigação extra. Não obrigação do tipo “pôr a mão na massa”, trabalhar, executar. Porque isso a gente tira de letra, mesmo que o esforço tenha que ser homérico. Obrigações subjetivas que parecem tão imprescindíveis para que a gente alcance a tão esperada felicidade. Porque, nesse caso, felicidade significa cumprir todas as expectativas. As do público interno e a do público externo. As do público externo que a gente acaba achando que é nossa, de tanta pressão velada que sofremos.

Quando a gente chega aos 30, aí sim, a situação parece ficar um pouco mais complicada. Não sei porquê, estabeleceu-se que - nesse momento – você pode até não ter trabalho, mas tem que ter marido. Não é só o retorno de saturno. É a hora da verdade. Bem, assim a gente pensa quando tem 20, 25, 28 anos. Nessa época, parece que o mundo vai acabar amanhã e nós temos que ter o emprego “para sempre” e a família encaminhada. Aliás, sendo muito honesta, ser bem sucedida profissionalmente e não ter respectivo faz com que a maioria olhe para a gente com um ar meio estranho... Não importa se essa é a nossa escolha. Não importa se a gente decidiu não querer qualquer coisa. Não importa se a carreira foi a nossa prioridade durante certo tempo. Não importa se, simplesmente, o cara certo ainda não deu o ar da graça.

Infelizmente, essa realidade ainda é mais verdade, para os habitantes das cidades menores. Outro dia, escutei um homem, solteiro, para lá dos seus 35 anos, dizendo que mulher com mais de 30, solteira, é problema. Não preciso dizer que a história do sujeito é a mais enrrolada possível, né? Mas como ele, tem muitos... E muitas. Que olham para as balzaquianas lindas, no seu terninho chique, ou no seu momento “cuidando de mim mesma”, treinando, correndo pelas ruas com seus corpinhos de vinte e pensam: “Fulana é tão linda. Por que será que ainda tá solteira? Tadinha”.

E aí a gente pára e percebe que muitas pessoas vivem casamentos falidos, só para dar uma resposta a sociedade, ou para esconder o medo de ficar sozinha, na gaveta. E a gente percebe que muitas dessas pessoas queriam ter a liberdade de estar fazendo as suas escolhas de forma independente. E a crítica, muitas vezes, é a fantasia escolhida por pensamentos nostálgicos...

É duro. Mas com a experiência dos meus “trinta e tralalá”, posso dizer que não existe fase melhor para viver. Para cuidar de si mesma. Para conhecer lugares. Para conhecer pessoas. A equação independência financeira, maturidade e liberdade é perfeita. Perfeita e muito propícia para a gente viver a tal felicidade. E para nos conhecermos de verdade. Para separarmos o joio do trigo e identificarmos que desejos são nossos e quais são imposições veladas da sociedade, que a gente acaba achando que “precisa”. Quais são as nossas reais necessidades e que coisas são apenas expectativas dos outros sobre nós mesmos. E aí, fica muito mais fácil a gente ser querida. Fica muito mais fácil a gente conhecer e atrair pessoas interessantes. Fica muito mais evidente o que a gente quer. E se o cara tiver que aparecer, ele vai aparecer. Aos 20, aos 30, aos 40... Na hora certa, sem pular etapas, sem atropelar sentimentos, sem nos roubar experiências que precisam ser vividas para que a nossa escolha seja realmente consciente.

Aí, nesse momento, a gente entende tudo. E a gente dá graças a Deus por não ter cedido aos nossos medos de inadequação, e ter seguido em frente. A gente agradece por a vida ter nos contrariado aos 20 anos, quando a gente já queria que tudo se resolvesse ali. Porque nada melhor do que ser uma balzaquiana feliz, realizada e sem lacunas por feitos não realizados. Tudo a seu tempo. Tudo, no seu tempo certo.

Curtam. Vivam. Aproveitem.

Importem-se, apenas, com o que realmente importa!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AGRADECIMENTO

Adorei as mensagens carinhosas, os lindos comentários, os desejos sinceros.
Obrigado a quem só me conhece daqui, virtualmente, e que - mesmo assim - identifica-se com o que falo, se emociona com a minha felicidade e torce por mim. Sejam sempre bem-vindos!!

Aos amigos de sempre, queridos e amados, muito obrigado pela energia que vocês me direcionam. Sei que vocês querem o melhor para mim, por isso estão felizes com a minha felicidade. Todos os meus melhores sentimentos são distribuídos à vocês. A minha conquista também é um pouco coletiva. De cada um que vem acompanhando a minha história, que sofreu comigo, que me aconselhou, que se divertiu com episódios da minha vida, que jogou suas fichas para que eu encontrasse o melhor caminho, que me convenceu de que eu merecia ser feliz da forma mais completa, sem me contentar com o "mais ou menos". Sim, pessoas. Encontrei o meu caminho e escolhi o melhor que esse mundão de meu Deus reservou para mim!!!

Sim. Sintam-se todas abraçadas, apertadas, e abençoadas pelo amor mais lindo que eu posso oferecer!!

AMO TODOS!!!
GRACIAS, GRACIAS, GRACIAS!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

MINHAS FIGURINHAS

"Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel. Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas interagem com a nossa de um jeito tão mágico e bonito. Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria e a ludicidade amorosa próprias do que é divino. Do que transcende. Do que escapole da nossa lógica tantas vezes sem coração. Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos. Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, meu Deus, que agrado bom é para a alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco. Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o nosso álbum".

(Ana Jácomo)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SRA PASCOALINO


A gente passa tanto tempo imaginando como será o futuro, o momento em que a nossa história começará a ser construída sob uma nova óptica...
A gente deseja, pensa, se revolta por achar que o nosso tempo passou. A gente se pergunta porquê que com a gente tem que ser diferente... Até que um belo dia a gente entende, e agradece. Agradece porque a vida é muito mais inteligente do que nós mesmos. Porque ela sempre tem o melhor para nós. Porque o tempo certo não existe. Existe a pessoa certa. Com 20, 30, 40 anos... Mas se a gente espera, o melhor vem, definitivamente. O melhor para sempre, muito mais especial do que a gente pensou. Muito mais inteiro e mais real do que o nosso coração desejou um dia. E tudo ganha um sentido diferente.
E a gente se dispõe a começar uma nova vida, com a certeza de que será tudo muito bom, a despeito das dificuldades e dos perrengues que venham aparecer. Porque a gente sabe que não estará mais sozinho, tampouco em qualquer companhia. Porque a gente sabe que estará na melhor companhia, para sempre...

Hoje é meu último dia de Cristiana Araújo de Andrade... A partir de amanhã, com todo o orgulho do mundo e com uma felicidade plena, serei a sra Cristiana Araújo de Andrade Pascoalino...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A MINHA PAZ

De repente, a vida parece suspensa. Como se estivesse tranqüila, descansando em algum ponto privilegiado, admirando a paisagem. Na verdade, a vida parece – ela mesma – uma visão paradisíaca... Com todas as cores mais vibrantes, com toda a paz interna que uma boa vista provoca, com a sensação de plenitude que emana. Mesmo que o mundo esteja bagunçado lá fora, por alguns instantes, estar ali, faz tudo o mais perder a importância. Como uns bons dias de férias que servem para recarregar as energias. Como um merecido momento de pausa... O melhor, é saber que a sensação de paz, agora, esta atrelada a própria vida...