segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Do que li por aí



" ... Estava me sentindo como um homem que acorda na sua própria casa e vê que todos os móveis mudaram de lugar. Por causa de tal mudança, cada canto, cada fresta, antes tão familiares lhe parecem agora estranhos. Desnorteado, precisa reavaliar tudo o que o cerca, reorientar-se".

(O Caçador de Pipas)

domingo, 25 de novembro de 2012

MUDANÇAS

Algumas vezes determinadas coisas perdem a cor. 
O brilho se vai carregado por algumas poucas palavras. 
Definitivas e inesquecíveis. 
E a vida parece seguir normal. 
E até segue, porque uma janela fechada não é mais suficiente para deixar a casa escura. 
A janela continua ali, mas agora faz parte de um cômodo apenas, e não mais da morada inteira. 
Então, quando necessário, a gente fecha a porta e finge que não está ali. 
Muitos devem chamar isso de maturidade. Quem sabe não é. 
Mas o branco e preto, que não agrada, imprime marcas profundas que podem mudar, irremediavelmente, as nossas impressões.
A vida é assim.

sábado, 24 de novembro de 2012

DAS DORES


Existe sempre uma dor que a gente não conhece. Até que num "belo" dia ela aparece com a delicadeza de uma jamanta. Profunda e solitária. Do tipo que desespera silencisamente e tranca algumas portinhas da alma. E a gente não sabe se um dia ela vai embora...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DEUS, OBRIGADO!


Enquanto escrevo, ele dorme.

Já se passaram quase 3 meses e muitas coisas mudaram desde então. 
No 1o mês, muito aprendizado, noites mal dormidas e perguntas sem respostas. Sentimentos confusos. Amor e impotência. Medo e deslumbramento. Não, não sabia identificar o choro do meu filho e me sentia péssima por isso. As pessoas me perguntavam se eu conseguia distinguir e me sentia uma mãe incompetente. Como saber se ele chorava por estar com fome, frio ou cólica se, há uns dias atrás, ele nem estava ali? Há uns dias atrás não sabia como conseguiria dar banho naquela pessoinha tão pequena e tão frágil. Há uns dias atrás, não sabia como resistiria a primeira febre. Há uns dias atrás eu era apenas uma mãe de ultrasom (com muito orgulho!), gente, com um filhote em formação... 
Mas o primeiro mês transcorreu super tranquilo, no que dependia do meu filho. Nada de problema com umbigo, cólicas ou choros intermitentes. Só o pacote básico - e já exaustivo - para uma mãe de primeira viagem, fora do seu ninho! Foi um mês punk, mas que passou rápido. Muito rápido, eu percebo hoje. Um mês de várias trocas de mensagens com mãe, irmãs e amigos, para saber o que fazer quando eu não sabia qual o próximo passo a dar. Foi um desafio gostoso...

A partir do segundo mês, as coisas já começam a ficar diferentes... Sim, já consegui saber qual era o choro de fome e porque ele chorava depois de comer, quando não conseguia que seu estômago processasse o alimento a tempo e a hora. "Não, doutora, não é cólica. Acho que ele está com gases". Normal para um pequeno esfomeado, que mama e quer dar conta do mundo que o cerca ao mesmo tempo. Sim, já cheguei dando palpites. Certeiros, diga-se de passagem. E o pai faz ginástica e a mãe faz massagem na barriga e o filho já começa a sorrir discretamente, mas cheio de encanto. Sim, pessoas. O primeiro sorriso a gente nunca esquece. Nem todos os outros que vem a seguir. O filhote não é mais um recém-nascido, e as vacinas do segundo mês foi como um ritual de transição. Sim, ele continuaria sem ir ao shopping, ao supermercado e ao banco. Mas eu já conseguia tirá-lo de casa sem cobrí-lo tal qual um árabe. Ele já estava mais protegido e, como plus, tive que lidar com a primeira febre do filho, pós-vacina. Segurei a onda como pude, com o coração em frangalhos cada vez que segurava o pequeno e ele estava quentinho. Mas sobrevivi.

No terceiro mês, é só maravilha. As noites continuam mal dormidas. O dilema agora era como sobreviver com o filho dormindo no quarto ao lado. "E se ele se sentir abandonado???". Foi difícil, mas a dó de vê-lo dormir com as perninhas encolhidas no moisés, falou mais alto Do que o meu "egoísmo" de querê-lo ao meu lado até quando dorme. Transferi meu filhote para o berço e fui com ele. Sim, pessoas. Algumas mudanças precisam acontecer em doses homeopáticas. E assim foi. Até que, numa bela noite, estando exausta, resolvi deixá-lo dormir no meu quarto para conseguir recuperar um pouco do sono. Eis que - na madrugada - vejo um pernilongo/muriçoca estacionado na coxa do meu gostoso. Foi o que bastou para levá-lo de volta ao berço, na segurança do seu cortinado. Na madrugada, ele foi, e eu fiquei. Sim, a partir daí, cada qual no seu quadrado, embora eu continue acordando a cada pum, choro ou gemido. Acreditem!

E agora, pessoal, já conheço o choro do meu filho. Já sei quando ele vai ficar agoniado e porquê. A última descoberta, é que ele "lancha" mais tranquilo sem a almofada de amamentação. Sim, ele quer a mãe com ombros fortes e bíceps definidos. E agora me sinto plena. Porque Deus foi tão bom, que além de me proporcionar um aprendizado sem dores ou traumas, me deu um anjinho alegre e sorridente, que amanhece com um sorriso irresistível, que ilumina os meus dias por inteiro...

Acabo de escrever, e ele ainda dorme, esperando que eu vá acordá-lo delicadamente.
E eu, morta de saudades, já vou correndo, ganhar aquele sorriso... "Tô indo, filho"!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

LINDO

"Respira. Serás mãe por toda a vida. Ensine as coisas importantes. As de verdade. A pular poças de água, a observar os bichinhos, a dar beijos de borboleta e abraços bem fortes. Não se esqueça desses abraços e não os negue nunca. Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços que você sinta falta, sejam aqueles que você não deu. 
Diga ao seu filho o quanto você o ama, sempre que pensar nisso. Deixe ele imaginar. 

Imagine com ele. As paredes podem ser pintadas de novo, as coisas quebram e são substituídas. Os gritos da mãe ficam. Muitas vezes vc pode lavar os pratos mais tarde. Enquanto você limpa, ele cresce. Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalhe menos e ame mais. Menos presente e mais presença! E, acima de tudo, respire. Serás mãe por toda a vida. Ele será criança só uma vez"

Fonte:  http://www.mamiemimos.com

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

AMOR SEM LIMITE

Sabe aquele amor que não cabe no peito?
Que, de tão grande, transborda pelos olhos e faz uma lágrima cair?
Que faz com que o tempo fique congelado quando a gente está perto?
Agora eu sei o que é isso.
O nome dele é Rafael.
E cresce na mesma progressão que os centímetros do meu menino...

sábado, 10 de novembro de 2012

DE VOLTA

Sorry!!! A ausência é muito justificada! Curso intensivo, teórico e prático, de como ser uma boa mãe! Rsssss. A natureza ajuda um bocado, é verdade, mas as tarefas ocupam boa parte do tempo. Dar o lanchinho do filhote, dar banho, trocar fralda, esterelizar coisas, colocar para arrotar, lavar roupinha, dar remédios, levar o rapaz para tomar um solzinho, brincar com ele... Atividades muito prazerosas, mas que requerem tempo e dedicação. Por isso que não tinha dado o ar da graça por aqui. Mas agora as coisas estão mais tranquilas. O trabalho agora é físico, concreto, e não há - graças a Deus - tantas agonias de cunho emocional! Assim, vou tentar dar às caras com mais frequência.

P.S.: O meu filhote está a coisa mais linda-gostosa-delícia-amada desse mundo!