terça-feira, 30 de março de 2010

É ITEM DE SÉRIE, MENINOS!!

O quão difícil é, para um homem, entender que nós, mulheres, iremos surtar de vez em quando, sem “ter nem porquê”? É assim mesmo, acreditem. Administramos momentos de euforia, insegurança e insanidade total, pelo menos uma vez por mês. É simples, basta saber comportar-se diante de tantas em uma só. Foi você quem escolheu colega, então aceite o ônus da forma mais inteligente possível, porque se você ainda está nessa, é porque certamente deve valer à pena.

Tentem pensar comigo: Se é ruim para vocês, que são envolvidos nas nossas histórias criativas e sem pé nem cabeça e viram vilões de uma hora para outra, imagine para nós, que além de fazermos sinapses enlouquecidamente para dar conta de tanta imaginação, ainda temos que conviver com o conflito “eu tô errada-eu tô louca-vai passar-eu sei mas não consigo”. Ah, sem falar na irritação, madrinha da TPM, toda-poderosa, que formiga no nosso cérebro porque vocês não conseguem entender que, nesse momento, não é nada pessoal. Nem a cobrança, nem o xingamento, nem as lágrimas completamente fora de hora. Possivelmente, nem a batida de porta. Você é, simplesmente, o bode expiatório. Que tal fazer-se de desentendido? Mas sem que ela perceba, óbvio. Escute, mas não processe. Balance a cabeça, mas sem que ela note que esse é um movimento involuntário. Finja interesse. Apenas finja. Nesse momento, nada é real e, tampouco, duradouro. No outro dia, ela vai analisar e entender que algo se apossou daquele corpinho tão suado e tão cuidado em horas de academia. Aliás, ontem, ela devia estar achando que era a mocréia personificada. Que qualquer ser era mais apresentável do que ela e que, por isso, você - o escolhido - poderia descartá-la a qualquer momento, por qualquer coisinha que passasse na esquina. Não adianta. É fisiológico. Não acreditamos no espelho, não acreditamos em você, não acreditamos nem em nós mesmas. Mas isso também passa.

Assim, prepare-se. Não adianta trocar de namorada. Possivelmente, a outra também terá comportamentos semelhantes, com modificações pessoais, mas tão intensas quanto a da primeira, segunda, terceira... Isso não é opcional querido. é item de série.

Talvez você esteja se sentindo injustiçado, por achar que sempre sobra pra você. Tudo bem. São os seus telefonemas que ela vai questionar. É com aquela palavrinha despretensiosa que ela vai encucar. É o seu cansaço que ela vai considerar como falta de amor, atenção e interesse. Mas não adianta lutar contra tudo isso. Às vezes o mundo não é justo mesmo. Não adianta espernear, irritar-se ou entrar no nosso jogo. Já falei. É fisiológico, e responder a altura só vai transformar o passageiro em uma discussão com repercussões duradouras e, quem sabe, permanentes. Na dúvida de como agir, um abraço apertado, sincero e demorado sempre cura qualquer irritação. Troque as palavras pelos gestos. É fácil desarmar uma mulher. É simples assim. É fisiológico.

domingo, 28 de março de 2010

INCOMPARÁVEIS

É disso que eu preciso... Mais "delas" na minha vida. Elas que são um pouco de mim. Nos questionamentos, nas dúvidas, no humor, na intensidade, nas tiradas mais inesperadas. Depois de uma dose delas, minha alma fica leve. Fica livre. Essa constatação já era quase uma verdade. Mas ainda "estava no tálamo". Agora chegou "ao córtex", de vez. Obrigado, meninas.
Por me mostrar que até o nosso ideal de equilíbrio, também tem um pezinho em marte. Por soltar um "por isso você não está bebendo" com uma rapidez de raciocínio invejável. Pelas sínteses certeiras, formuladas num espaço tão curto de tempo. Não poderia ter pessoas tão bem escolhidas para compartilhar um pouco da minha realidade psíquica. "Temos que agradecer todos os dias". Obrigado, meu Deus! Por sempre colocar os melhores e os maiores na minha vida.
Agora é fato.

sexta-feira, 26 de março de 2010

SÓ POR HOJE

Só por hoje, vamos deixar de lado a fantasia de adulto e entrar na brincadeira. Vamos andar descalço pela casa, prestando atenção em tudo, mas sem procurar explicações para nada. Vamos rir de qualquer coisa, sabendo que qualquer coisa já é de muito valor. Ouvir os sons e sentir os objetos. ..

Só por hoje vamos esquecer as preocupações cotidianas e preocupar-nos, apenas, com o presente que iremos ganhar. Dar gargalhadas pelo presente que é, a simples presença de quem amamos. Vamos brincar de esconde-esconde com os problemas e de cabra-cega com a nossa consciência. Sim, vamos parar de pensar um pouco como adultos. Vamos ser um pouco mais inocentes e procurar menos explicações. Vamos aproveitar!

Só por hoje, vamos ser quem quisermos. A mulher maravilha, o Smurf, o super-homem. Vamos fantasiar qualquer cenário e vamos curtir a fantasia. Não dói. Não diminui. Não machuca. Que as nossas desavenças durem o tempo das crianças. Sejam rápidas e não gerem mágoas. Que a nossa memória seja infantil… Que o nosso coração seja infantil… que a nossa cabeça seja tão livre de pré-conceitos quanto a dos sábios pequeninos. Que a nossa vida, também possa ser um florido jardim…

quinta-feira, 25 de março de 2010

SENTIMENTO

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade sei lá de quê!” (Florbela Espanca).

QUINTANA

“Que esta minha paz e este meu amado silêncio não iludam ninguém. Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta. Nem, tampouco, a paz compulsória dos cemitérios. Acho-me relativamente feliz porque nada de exterior me acontece. Mas, em mim, na minha alma, pressinto que vou ter um terremoto”.

AMANHÃ

APRENDA DE UMA VEZ

Não, você nem sempre deve falar o que pensa ou as primeiras coisas que lhe vem a cabeça. Nem todo mundo está preparado para escutar o que você tem a dizer. Nem todo mundo ficará satisfeito em ouvir as suas idéias. Tampouco os seus sentimentos. É assim. Por mais maturidade que as pessoas tenham e por mais consciência e boa vontade que apresentem.
Aprenda, também, que você não pode consertar o mundo, mudar as pessoas ou indicar os caminhos. Tire essa idéia da cabeça, desprenda-se dessa missão que ninguém lhe delegou. Comece a pensar que os seus caminhos talvez nem sejam os mais indicados. Cada um tem as suas receitas. Cada um enxerga o tanto que a sua visão é capaz de alcançar. Você enxerga o que a sua história delimitou no seu campo perceptivo. Assim é a vida. Comece a analisar se esse desejo não tem um quê de egoísmo. Se não tem um "tanto" considerável do seu próprio umbigo, fantasiado de preocupação e solidariedade. Tire o seu "eu" do centro. Esse "eu'" inclui seu bem-estar, suas idéias, seus valores e suas conclusões. Guarde-as para você. Siga, você, o que elas lhe apontam. Mas não queira que todo o resto faça o mesmo. Não vai acontecer, você irá magoar as pessoas e irá sentir-se um tanto amarga ao final.
É só isso. Em negrito.

quarta-feira, 24 de março de 2010

AUDITORIA

Esse reencontro comigo pode estar sendo definitivo. Coisas mudando aqui dentro, borbulhando de um jeito bem emocionante. Depois de tanto tempo vivendo na sombra dos meus medos, finalmente, estou ocupando o meu lugar ao sol. Para mim, que é o que importa. Eu, de volta.
Não sei aonde isso vai dar, mas parece que esse é um exercício de preparação para toda e qualquer coisa. E, talvez, "toda e qualquer coisa" esteja ali, dobrando a esquina. Sim, dá medo. Mas meus medos não são mais tão tenebrosos. Eu até nem tenho mais tanto medo deles. Dos meus medos... Ele não me paralisam como antes. Eles me instigam. Um frio na barriga permanente e uma cabeça fazendo descobertas a todo instante. No trânsito, na corrida, numa livre conversa entre amigas. E um pensar que não amedronta, por mais inusitados que sejam os pensamentos. O que vai ser? Onde vai dar? Por que, de repente, tudo parece tão claro?

Perdi a vocação para vítima num passe de mágica. Da mesma forma que perdi o interesse em ser adequada sempre, pelo bem dos outros. Pelo felicidade geral da nação. Primeiro, os meus limites e os meus territórios. Se eles não estiverem bem defendidos, qualquer um se apropria e perco o poder sobre mim mesma. No way. Uma feliz aceitação "dessa de mim" mais primária, mais autêntica. Como sou. E a certeza de que esse EU vale ainda mais à pena. Tudo sendo remexido. Bom para quem gosta de mudanças, de recomeços. Tudo sendo cuidadosamente avaliado, analisado, sentido. Uma auditoria interna sem cara de bicho papão.

terça-feira, 23 de março de 2010

NOSSOS POLÍTICOS

http://www.youtube.com/watch?v=7kpHMPGGnH0

No link, parte do quadro proteste já, do programa CQC, referente a um desvio de doação. É imperdível. Seria bem cômico, se não fosse essencialmente trágico!


Bom seria se pudéssemos fazer doação de moralidade, bom senso e senso de justiça. Porque antes de TV de plasma, carteiras e geladeiras, alguns políticos estão carentes de vergonha na cara. E aí, talvez, com essas novas aquisições, eu venha a ficar um pouco mais tranqüila, achando que os meus suados “mirréis” serão investidos numa safra melhor de políticos. Mas não, não dá. Não dá para tornar honesto quem se orgulha de ludibriar o povo. Quem acredita fielmente na idiotioce alheia e orgulha-se de uma vergonhosa “esperteza”.

Eu, que dava o troco ao meu pai quando ele me emprestava alguns cruzeiros para comprar o chiclete na vendinha da esquina, porque sabia que aquilo não me pertencia. Euzinha, que nunca tive um cartão em conta conjunta com a minha mãe, por ter a consciência de que o dinheiro que pagaria a roupa nova não era fruto do meu trabalho. Eu, que fui educada para saber que só posso mexer no que me pertence...

Tenho que “avisar aos desavisados”, então, que o que não é seu, não lhe pertence. Que o que é público, também não é de sua propriedade. Não é de uso pessoal, por conceito! Apropriação indébita é o nome disso. Para ser gentil. Aí, de repente, chegam “alguéns” e se apropriam do público, na maior cara-de-pau. Tenha santa paciência... Onde foram parar todos aqueles princípios da Administração Pública?

Nessas horas, me pergunto se faltei a algum módulo das aulas de Ética e Cidadania no Ensino Fundamental. Se tudo o que aprendi, na verdade, era uma pegadinha daquelas de muito mau gosto. Mas, como também aprendi que “todo penso é torto”, desisti de tentar entender, pra não desacreditar, de vez, na espécie. Ou pra não gastar parte do que me resta na compra de caixas de lexotans, diazepans, ou qualquer outro artifício que não me deixe surtar com tudo isso. Mas que irrita, irrita. Que é de deixar indignado qualquer cidadão de bem, isso é. Sugiro que as pessoas comecem a fazer doações não para as instituições, mas para os gestores. Doar um curso do tipo “já falei pra não mexer nisso menino!”, poderia ser uma idéia, considerando que - ou as mães dos ilustres não tiveram a preocupação de distinguir o certo do errado -, ou eles fizeram ouvido de mercador para os conselhos maternos. E agora, quem paga o pato é a gente!

segunda-feira, 22 de março de 2010

EUZINHA

11 DIAS SEM ACIDENTE DE TRABALHO!!!!

sábado, 20 de março de 2010

LEIAM

Para quem gosta de correr, ou para quem é admirador da disciplina alheia, esse livro é imperdível. Ele fala disso mesmo. Da proeza de correr 50 maratonas em 50 dias. Seguidos.
Fala de dor, de privações, de determinação e coragem. Fala da capacidade de superação dos limites. Fala de loucura. Dean Karnazes é o máximo. E o livro também. Para completar, tem um quê de motivador. Primeiro, porque você não quer parar de ler. Segundo, porque quando se está lendo, dá uma vontade gigante de calçar o tênis e sair correndo. E quando você corre, é impossível não recordar das histórias do Dean, e querer ir um pouco mais além.

sexta-feira, 19 de março de 2010

DE VOLTA

Eu ando tão bem humorada ultimamente, que estou perdendo a piada para não estressar o amigo!!
E isso é raro, meus caros. Acreditem.
Porque, na CNTP, eu sempre acho que tenho o dever de tornar público toda a sagacidade das minhas criativas respostas que não cabem em filtros... TSC!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Liberte-se

Uma coisa eu aprendi nessa vida: não adianta esperar que o milagre aconteça se nenhum santo está disposto a realizá-lo. Não vai acontecer. Mas sim, você pode se desvencilhar do que lhe traz angústia, tristeza, desconforto. Já bastam as provações sob as quais não temos nenhuma gerência. Para quê, então, ficar alimentando os problemas que - há muito - deveriam ter ido a óbito por inanição?? Se as coisas estão lhe incomodando, mude-as. Se você não está feliz, tente fazer diferente. Sim, eu sei que não é tão fácil, mas pode ser menos sofrido do que se imagina. Se o seu real desejo é dar um fim em uma situação dolorosa, corte todas as fontes que liguem a sua pessoa a raiz da questão. Se precisar ser chata, seja. Se precisar de um afastamento total e globalizado - de uma hora para outra - faça-o. Tem horas, que o mais sensato é aquele pensamento egoísta. Auto-preservação... Olhar para o próprio umbigo quando a gente está esquecendo da gente, é o primeiro passo. E o mais apropriado. Deixe pensarem o que bem quiserem. Quem gosta de você, vai entender e esperar, pacientemente, a chuva passar. Não se preocupe com os estragos, se a única coisa que você está fazendo é tentando preservar a sua sanidade mental, de uma forma honesta, sem invadir o espaço de ninguém. Sim, você pode fechar o seu espaço para balanço, se você não segura a onda quando o telefone toca, ou quando chega aquela mensagem. Ser radical, nessa hora, é evitar o sofrimento a conta-gotas. Porque se a situação está nesse pé, mais cedo ou mais tarde, a decisão virá do outro lado, se você não pedir a conta antes. E aí, você vai ter que engolir de qualquer jeito. Porque é ele quem não vai ligar e - tampouco - lhe atender. São as suas mensagens que ecoarão, sem nenhum indício de retorno. Aí, pode espernear, chorar, fazer chantagem emocional, que não vai funcionar. Porque ele não quer.
Então, eu pergunto: Se o seu equilíbrio psíquico foi quebrado, e já se tem consciência da fonte geradora desse caos interno, para quê sustentar o que já não anda por si só? Falta de coragem de fazer? Receio de fazer e depois voltar atrás? Falta de coragem de decidir o que já está escrito em letras garrafais? Pense bem. Pense na intensidade do mal que a situação provoca e visualize como seria se essa gestalt fosse fechada. Abstraia. Não superestime sentimentos que atravancam a sua felicidade. Não subestime a sua capacidade de ser feliz...

quarta-feira, 17 de março de 2010

SEJAMOS. PONTO.

"Sejamos nós mesmos, não só apesar de, a despeito de, mas sejamos nós mesmos mesmo que, ainda que, sejamos nós mesmos exatamente porque, principalmente porque, sejamos nós sem desculpas, sem enredos, sem dissimulações. Sejamos um só de nós mesmos, sem disfarce, sem dubiedades, sem máscaras, sem esconder dos outros o que nos falta ou o que nos excede, sem preferir um outro de nós que não somos, sem querer que os outros nos enxerguem diferente, sem mostrar aos outros só o que achamos que possa interessar ou nos orgulhar. Sejamos nós mesmos sempre, ainda quando vamos desagradar, ainda quando os outros possam recusar este de nós que somos, ainda que não se possa pretender ser amado pela metade, ainda que, por sermos nós, deixemos de ser um daqueles outros que queremos tanto e aquilo que os outros querem tanto que sejamos. Sejamos nós mesmos na hora do beijo, do tapa, do abraço, da cuspida, da reprovação, do elogio, do aperto de mão, do olhar cúmplice, da fuga, do amor, do desejo, da covardia, do medo, do carinho, da doença, do afago, da dor, do ponta pé, da fome, da ânsia, da angústia, da inveja, do sucesso, da vergonha, da grandeza, da mediocridade. Cada vez acredito mais que a medida da felicidade é o quanto nós mesmos podemos ser, sem medo de que nos deixem de amar, com tudo que isso implica, ou seja, nos tornarmos cada vez mais amáveis e cada vez mais livres" (Ticcia).

terça-feira, 16 de março de 2010

CONCENTRE-SE NA SUA VIDA

Por que perder tempo com pequenas mágoas, com tristezas existenciais, com ruminações perturbadoras? Por que não deixar o outro em paz, na vida que escolheu viver, e seguir adiante atrás de um caminho que lhe seja próprio? Por que não andar simplesmente, sem a necessidade de esbarrar em quem quer que seja, para mostrar-se presente?
Há muito mais para se viver. Há coisas bem mais importantes do que as futilidades produzidas pela vaidade e por egos feridos. Há mais sol quando a gente passa a se importar com o que realmente vale à pena e com o que é nosso de direito. Tire o olho da grama do vizinho. Esqueça a sorte que outro teve, que você achou que deveria ser sua. Siga adiante. A sua vida. A sua. Importe-se, apenas, com o que lhe diz respeito. Respeite o espaço do outro, a vida do outro, as escolhas do outro. Se você está fora de tudo isso "do outro", respeite também essa exclusão. Respeite o desejo do outro. Ele não diminui, não rebaixa, nem denigre. Apenas delimita. Viva a sua vida. Não inveje, não diminua, não direcione maus pensamentos a ninguém. Porque tudo volta. A vida reflete. E o que você desejou ao outro, pode chegar na sua vida, em doses homeopáticas de amargura. E aí você perde o seu brilho, a sua cor e a sua energia. E você começa a tornar-se um alguém pouco interessante. Porque até você desinteressou-se da sua vida, para vigiar a vida de terceiros. Esqueça o outro, se você não tem nada de positivo a acrescentar. Esqueça as ações diárias do outro, se você não tem bons desejos. Concentre-se nas suas escolhas. Focalize as suas energias na sua vida. Seja íntegro, honesto e ético.
Não é bonito atrapalhar o bem estar alheio. Não rende bônus tentar desequilibrar o que a vida preparou com tanto cuidado. Não é mérito nenhum, forçar a entrada num espaço que não lhe foi oferecido de livre e espontânea vontade. É feio. É triste. Penaliza. E, certamente, você merece bem mais do que isso. Assim, corra atrás do que pode ser seu. Batalhe por uma felicidade sua, e não pela infelicidade de quem quer que seja. Comece tudo isso olhando pra você. Esqueça as perdas, delete o que passou e evolua. Não tem segredo. Desconcentre-se do outro e preste atenção no que você está refletindo. E se não gostar do que está vendo, avalie a imagem que você quer passar para os que passam por você.

UM MUNDO MELHOR

domingo, 14 de março de 2010

OBRIGADO

Bom é o fim de semana com direito a corrida em bosque, cervejinha com quem se ama, dormida no meio da tarde sem hora pra acordar. Bom é acordar e ter amigos pra jogar conversa fora, tomar açaí e fazer comida pra dividir na cama. Bom é ficar quietinha, abraçada, aconchegada no melhor lugar do mundo. E mesmo com insônias frequentes, dormir em tempo recorde em decorrência daquele cafuné. E ficar obnubilada, escutando "de longe" a risada mais divertida que, na verdade, estava tão pertinho. E acordar no outro dia pra assistir F1 enquanto vela o sono de quem se ama. Com direito a todo o arsenal de cafunés. E depois dormir de novo. E acordar junto. E namorar, sair pra almoçar e encontrar mais gente que se ama maiS que tudo no mundo, sem combinação prévia. E comprar aquele tênis tão desejado, e tomar aquele "mexicano" tão gostoso. e vê-lo saindo com cara de criança, feliz. E voltar pra casa, de volta para o melhor lugar do mundo. E ver filme. Até os 10 primeiros minutos. E continuar junto... E sair pra jantar, e tomar mais cervejinha, e dizer que ama sempre que der vontade. E dizer "Hum", quando bem entender. E ir pra cama já com saudade do que aconteceu há pouco. E esperar que o amanhã chegue logo... com o mesmo pacote de boas coisas recebido esse fds...

sexta-feira, 12 de março de 2010

É ISSO AÍ!

COERÊNCIA

Chega um momento em que a gente descobre que o mais saudável a ser feito é sermos coerentes com a nossa própria pessoa. Mesmo que essa honestidade pessoal e intransferível não agrade a outrem. Aliás, essa compreensão deveria estar subentendida quando o relacionamento é com alguém que torce por nós. Descobri que não dá pra ser verdadeiramente feliz, quando nos boicotamos ou fazemos de conta que "sim, está tudo bem", quando a nossa vontade era deixar na bandeja os sapos que não estamos dispostas a engolir e as condições que não queremos aceitar. Não dá pra estar satisfeita consigo mesma, quando negamos as nossas reais necessidades e desejos. A gente tenta, se esforça, faz de conta, e se cansa. E a gente percebe que o que antes parecia indispensável, já não vale tanto gasto energético. Porque o indispensável mesmo é uma felicidade simplesinha, que não é adquirida em cruzadas intermináveis. O indispensável é a cumplicidade que surge naturalmente e não por sucessivas tentativas de agradar e fazer-se adequada. Porque adequado mesmo, é não abrirmos mão de ser quem somos, por mais que as circunstâncias queiram levar-nos a isso.

quinta-feira, 11 de março de 2010

SOY YO

Sou uma pessoa crítica. Bastante. Preciso controlar, com freqüência, aquele meu humor ácido, tão bem exposto pela minha amiga Paty. Para completar, tenho uma memória excelente para determinadas coisas, o q me torna bastante assertiva em determinados comentários. Embora não consiga lembrar de metade do enredo dos filmes que assisti no mês passado. Mas, com bom humor, é fácil me desarmar. Com bom humor. As minhas brigas não devem ser compradas. Nunca. Porque adoro argumentar e pareço incansável...


Sou aquela das costas largas e do braço forte. A do frescobol da praia do domingo e das corridas pelas ruas, nos dias de semana. Sou a que foi esquecida por Morfeu e que tem uma bateria que parece não ter fim. Sim, me canso 1 bocado, mas, com freqüência, não dou ouvidos para os apelos provenientes da minha própria pessoa. Até que a dupla corpo-juízo sucumba!

Gosto dos desafios, mas já fui bem mais competitiva. Os 30kgs no supino certamente são passageiros, mas não gasto mais 1 real, comprando brigas desnecessárias. Me retiro diante de concorrências que não deveriam existir, mas não posso ver ninguém correndo na minha frente, sem que alguma coisa acelere os meus passinhos.

Sou aquela com impaciência exarcebada para idiotices cotidianas, mas com uma condescendência gigantesca nas situações mais graves e inusitadas. Costumo procurar as razões em todos os cantos, para compreender o comportamento alheio. É que reluto em acreditar na maldade das pessoas. É porque tenho uma lista enorme de bons amigos, e tô acostumada com gente do bem. Porque passei longos anos da minha vida, aprendendo q as pessoas podem ser melhores, e que “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.


E eu tenho várias delas. Dores e delícias. No meu pacote, vieram doses extras de ansiedade. Gosto do movimento e nunca aprendi a ficar sentada na poltrona em dia de domingo. Tampouco tenho paciência para passar mais de 30’ em frente a uma televisão, jogando playstation. As coisas paradas não exercem uma atração significativa sobre mim, a não ser q estimulem a minha imaginação, ou estejam guardadas em museus. Ou que a companhia seja agradável por si só. É que gosto da intensidade da vida.

Sei que meus pais foram competentes em me educar, e estou acostumada a respeitar o espaço alheio. Nunca faço com os outros o que não gostaria que fizessem comigo. Se sou simpática? Não sei. Mas tenho uma capacidade empática, por vezes, irritante. Também não penso no que pensam, no que vão pensar ou no que pensariam. Tenho minhas próprias convicções e confio nos meus valores. Gosto de bons modos e só transbordo a xícara qdo estou entre amigos e sei que posso fazê-lo. Mas, para quem não me conhece, às vezes pago de “formal”, é bem verdade. Não é empáfia, é timidez. Verdade q às vezes peco, por achar q as pessoas deveriam agir como ajo. Por achar que determinados comportamentos deveriam ser óbvios, quando não o são. Tenho pouco saco para pessoas "sem limites".


Fui criada em ambientes onde as mulheres são maioria. Então, não faço escândalo quando vejo uma barata, nem ocupo ninguém para resolver problemas desse tipo. O q não quer dizer q não goste de atitudes protetoras para com a minha pessoa... Não sou lá muito feminista, embora me considere independente. Mas acredito q homens e mulheres sempre terão diferentes papéis a desempenhar. Acredito nisso. Ah, afetivamente, às vezes sou apenas pseudo-independente...

Tenho um coração desnorteado e sentimentos desmedidos. Tô aprendendo a dar a César o que é de César e a não ter mais tanta pressa. To tentando fazer de conta que nem toda ação, precisa de uma intenção consciente. Não tenho medo de olhar no olho do monstro. Nem tampouco de abrir as gavetas. Às vezes até levo o monstro para passear, quando deveria deixá-lo no seu próprio enredo. Não gosto que me façam esperar quando me dão certezas. Gosto das coisas diretas, e das vontades explícitas. Pq os jogos afetivos não me atraem...


Também tenho gostos variados. Gosto de manhãs de sol e noites de chuva. Leio a superficialidade das revistas de fofoca e viajo com textos de Nietzsche, Sartre e Goethe. E não me importo que se importem, nem que me julguem através disso... Tenho amigos socialmente corretos. Outros que parecem completamente desprovidos de superego. E amo-os com igual intensidade, porque são eles que melhor definem quem sou.

TODOS NÓS


Bons amigos, bons momentos...

quarta-feira, 10 de março de 2010

BOM MESMO É O MEU AMOR

Bom mesmo é ter alguém que cuide da gente quando o corpo adoece. E que continua prezando pela nossa integridade também quando tudo vai bem. Bom mesmo é ter um colo pra deitar e saber que aquele, sim, é o melhor lugar do mundo. E encostar a cabeça no ombro, ficar manhosa e sentir que tudo que ele está nos dando é de uma sinceridade inquestionável. Que o outro está ali, e o coração dele também. O bom é ter aquele companheiro que é de todas as horas e pau pra toda obra. Que torce pela gente, que colore os dias e que sempre solta as frase mais certeiras. Bom é ter uma amor de amar juntinho, quietinho e soltando gritos de felicidade. Bom mesmo é o meu amor... presente, dedicado, honesto e absolutamente recíproco.

segunda-feira, 8 de março de 2010

PRAZER, EU MESMA!!!

Só queria dizer uma coisa... a despeito de qualquer olho gordo, inveja, energias negativas ou qualquer coisa do gênero, acabou-se a facilidade de absorção de coisas ruins pela minha pessoa. That's over!!! Sendo assim, quem me ama, pode ficar alegrinho, contente e feliz. I'm back. Linda, grande, loira e feliz. Como era de costume. Quem fica mufino com a minha sorte, lo siento. Melhor correr atrás da sua, do que ficar perdendo tempo com desejos direcionados a mim, agora improdutivos.
Pra começar, vou ali, dar uma corridinha... Se alguém se habilitar... Convite feito!

domingo, 7 de março de 2010

FDS

Quase 28 horas de sono... com direito a uma levantada para beber água e comer um brigadeiro de copinho que estava perdido na geladeira. Desculpem a minha humanidade...

sábado, 6 de março de 2010

MERECIDA FUGA

"Tem dias que a alma adoece, enfraquece, cansa, sucumbe, padece, claudica, esmorece, tropeça, cai, se espatifa, murcha, fenece, desiste, pede arrego e o corpo, coitado, vai junto. E tudo o que se quer é poder ir para cama às 4 da tarde, no quarto escuro e silencioso, deitar a cabeça no travesseiro e desaparecer para si, de si, pros outros, do mundo. Não perturbe dependurado na porta. Uma mãe imaginária materializável só para quando a gente gritasse, água. Ou para quando a gente finalmente saísse do semi-coma, servir um prato daquela canja de galinha que só existia quando eu tinha 5 anos. Batatinha em quadradinho, arroz, frango desfiado, caldo e calor.
Mas sair do semi-coma só depois. Agora precisamos do lugar longe do mundo e de nós mesmos porque estamos doente, com gripe, com caxumba, com indisposição gástrica, com conjuntivite, não interessa o que dizer ao chefe. Hora do intervalo de si mesmo, do recreio, coffee-break. Só eu e o sono, o lençol cheiroso, a janela e a cortina cerrada, quem sabe a gata. Sem telefone, sem barulho, sem campainha, celular, bombeiro, ambulância, vizinho, interfone, alarme de carro, planão do jornal nacional. Eu, meu corpo e minha lama cansada no silêncio acolhedor do intervalo da vida. Hoje só amanhã. Até" (Ticcia).

SOLIDÃO

Como é que se dá o processo de admissão das próprias incapacidades? Não sei se é fácil, tampouco se é muito difícil. Mas não dá para fazer de conta, quando a historinha não tem nenhuma graça. Não sei pagar de artista. Não tenho a menor vocação, nunca tive. Não gosto de ver as coisas sofrerem alterações momentâneas de 180 graus sem nenhuma razão óbvia. Isso me assusta, me irrita, tira toda a reserva de paciência que ainda existe no meu tanque. No dia seguinte, não sei finjir... As minhas roupas, as minhas coisas, a minha escova de dente. Meu tênis encostado lá há dias, para momento de emergência. Minha ilusões...

terça-feira, 2 de março de 2010

O CARA

"O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado".

(Martha Medeiros)


NORMAL, NORMAL

Recebi por depo, de uma das mulheres mais inteligentes que já conheci. Minha amiga de coração, pensamentos e idéias. Dra Manu, tão extra-terrestre quanto eu. Por isso tão interessante, tão indispensável, tão ela mesma. Por isso me faz tanta falta.

"ei...essa coisa de ter que ser demasiadamente humana..passa viu?
passa pq não ser nem um pouco humana só faz bem.
Ser bicho cheio de sentimentos torna tudo melhor e mais feliz!
Acho que é por isso que nos entendemos qd vc diz q mordeu a perna de alguém...e eu quando tenho vontade de passar a pata na maioria das pessoas.

Normal normal"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ser empática não é pagar de Madre Tereza

O início de 2010 funcionou como um acerto de contas do fim de 2009. Se é que fica possível entender. As diferenças acabaram me levando a decisões difíceis, a aceitação de situações que não me são naturalmente saudáveis. Fiz amizades com os sapos e enfiei-os goela abaixo porque valia à pena. No mundo concreto era incontestavelmente válido fingir que o gato não miava enquanto fingia ser lebre (como bem explicou a querida Clarice). E fiz. E entendi, aceitei, sorri quando a vontade era esbofetear, para preservar as pessoas que de fato fazem por merecer cada sacrifício, cada batráquio colecionado. Fiz porque sou uma "feliz vítima" de uma educação acima de qualquer suspeita e resitente a doses, copos e, até mesmo, porres homéricos. Até o meu inconsciente tem uma educação inglesa, para os momentos de obnubilação, se é que dá para captar as entrelinhas.

Mas quando a conta chegou, no começo de um novo ciclo, o aparelho digestivo do meu mundo psíquico mais parecia um brejo. Cheio de pequenas criaturas verdes coachando sem parar. Tirando o meu sono, a minha paciência e, por várias vezes, o meu humor. "Ah, mas faz tanto tempo...". Nas minhas aulas de Psicologia, explico que, se alguma coisa passada ainda te angustia na atualidade, é porque ela é presente. Bem presente. Presente de grego. Para virar passado, os sapos tem que ser digeridos. E estão sendo. Calmamente. Eficazmente. Sem medo das perdas em decorrência dos "nãos" que já tenho coragem de dizer hoje. Os "nãos" que deveriam ter dito antes e não o fiz por medo de perder.

E porque fui acostumada a entender o outro, mesmo quando o outro tampouco está se preocupando comigo. Porque acredito que as pessoas sempre tem alguma razão para fazer o que fazem, por mais incompreensível que as suas atitudes possam parecer. Aprendi que tenho que relevar, analisar e passar adiante. Tenho uma capacidade empática inata e outra aprendida. Imagine o pacote... E aí, vou colecionando "nãos" não-ditos. Vou aceitando agressões porque "ó pobrezinha, tá cheia de problemas". Vou aguentando palavras grosseiras sem revidar nem com minha tiradas irônicas porque "só foram ditas" em decorrência de um certo grau de ebriedade. E trato adultos como crianças.

Até que o limite atinge o ápice. Até que a paciência de Jó se exaure. Até que eu decido que - mesmo as crianças - precisam assumir a consequência dos seus atos para serem pessoas melhores. Faz parte do processo de aprendizagem. Imagine adultos mimados e inconsequentes... E, a partir daí, decido fazer uma limpeza geral no brejo e expulsar todos os sapos que não foram naturalmente digeridos!

E tenho dito (adorando ser rebelde)!!!

EMPATIA

"Pouca coisa eu faço melhor na vida do que entender os outros. Os sentimentos dos outros, as motivações dos outros, as dificuldades dos outros, os defeitos dos outros, as qualidades dos outros, os meandros dos outros, as nuances dos outros, os anseios dos outros, as angústias dos outros, os sonhos dos outros, as frutrações dos outros, os desejos dos outros, as tristezas dos outros, os medos dos outros, as atitudes dos outros, as inseguranças dos outros, as canalhices dos outros. Minha capacidade empática é das coisas mais arraigadas e desenvolvidas. Não faço idéia porquê. Ajuda, no mais das vezes. Consigo antecipar o agir das pessoas, enxergar através dele, ajudar quando é preciso, me proteger quando é possível (nem sempre é e, quando não é, eu vou sofrendo antes tentando me convencer do contrário do que já sei). Dói, freqüentemente. Empatizar é colocar-se no lugar do outro e sentir-se como ele. Às vezes eu entendo o que não queria, vejo o que gostaria de não ter visto, percebo o que não deveria ter percebido. Estou me convencendo de que é mais fácil amar de uma certa distância. Distância esta que não se faz em mim" (Ticcia).