quinta-feira, 11 de março de 2010

SOY YO

Sou uma pessoa crítica. Bastante. Preciso controlar, com freqüência, aquele meu humor ácido, tão bem exposto pela minha amiga Paty. Para completar, tenho uma memória excelente para determinadas coisas, o q me torna bastante assertiva em determinados comentários. Embora não consiga lembrar de metade do enredo dos filmes que assisti no mês passado. Mas, com bom humor, é fácil me desarmar. Com bom humor. As minhas brigas não devem ser compradas. Nunca. Porque adoro argumentar e pareço incansável...


Sou aquela das costas largas e do braço forte. A do frescobol da praia do domingo e das corridas pelas ruas, nos dias de semana. Sou a que foi esquecida por Morfeu e que tem uma bateria que parece não ter fim. Sim, me canso 1 bocado, mas, com freqüência, não dou ouvidos para os apelos provenientes da minha própria pessoa. Até que a dupla corpo-juízo sucumba!

Gosto dos desafios, mas já fui bem mais competitiva. Os 30kgs no supino certamente são passageiros, mas não gasto mais 1 real, comprando brigas desnecessárias. Me retiro diante de concorrências que não deveriam existir, mas não posso ver ninguém correndo na minha frente, sem que alguma coisa acelere os meus passinhos.

Sou aquela com impaciência exarcebada para idiotices cotidianas, mas com uma condescendência gigantesca nas situações mais graves e inusitadas. Costumo procurar as razões em todos os cantos, para compreender o comportamento alheio. É que reluto em acreditar na maldade das pessoas. É porque tenho uma lista enorme de bons amigos, e tô acostumada com gente do bem. Porque passei longos anos da minha vida, aprendendo q as pessoas podem ser melhores, e que “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.


E eu tenho várias delas. Dores e delícias. No meu pacote, vieram doses extras de ansiedade. Gosto do movimento e nunca aprendi a ficar sentada na poltrona em dia de domingo. Tampouco tenho paciência para passar mais de 30’ em frente a uma televisão, jogando playstation. As coisas paradas não exercem uma atração significativa sobre mim, a não ser q estimulem a minha imaginação, ou estejam guardadas em museus. Ou que a companhia seja agradável por si só. É que gosto da intensidade da vida.

Sei que meus pais foram competentes em me educar, e estou acostumada a respeitar o espaço alheio. Nunca faço com os outros o que não gostaria que fizessem comigo. Se sou simpática? Não sei. Mas tenho uma capacidade empática, por vezes, irritante. Também não penso no que pensam, no que vão pensar ou no que pensariam. Tenho minhas próprias convicções e confio nos meus valores. Gosto de bons modos e só transbordo a xícara qdo estou entre amigos e sei que posso fazê-lo. Mas, para quem não me conhece, às vezes pago de “formal”, é bem verdade. Não é empáfia, é timidez. Verdade q às vezes peco, por achar q as pessoas deveriam agir como ajo. Por achar que determinados comportamentos deveriam ser óbvios, quando não o são. Tenho pouco saco para pessoas "sem limites".


Fui criada em ambientes onde as mulheres são maioria. Então, não faço escândalo quando vejo uma barata, nem ocupo ninguém para resolver problemas desse tipo. O q não quer dizer q não goste de atitudes protetoras para com a minha pessoa... Não sou lá muito feminista, embora me considere independente. Mas acredito q homens e mulheres sempre terão diferentes papéis a desempenhar. Acredito nisso. Ah, afetivamente, às vezes sou apenas pseudo-independente...

Tenho um coração desnorteado e sentimentos desmedidos. Tô aprendendo a dar a César o que é de César e a não ter mais tanta pressa. To tentando fazer de conta que nem toda ação, precisa de uma intenção consciente. Não tenho medo de olhar no olho do monstro. Nem tampouco de abrir as gavetas. Às vezes até levo o monstro para passear, quando deveria deixá-lo no seu próprio enredo. Não gosto que me façam esperar quando me dão certezas. Gosto das coisas diretas, e das vontades explícitas. Pq os jogos afetivos não me atraem...


Também tenho gostos variados. Gosto de manhãs de sol e noites de chuva. Leio a superficialidade das revistas de fofoca e viajo com textos de Nietzsche, Sartre e Goethe. E não me importo que se importem, nem que me julguem através disso... Tenho amigos socialmente corretos. Outros que parecem completamente desprovidos de superego. E amo-os com igual intensidade, porque são eles que melhor definem quem sou.

2 comentários:

  1. Faltou você dizer: sou uma pessoa muito teimosa quanto a minha saúde!!! nem quando estou com pneumonia crônica costumo ir ao médico. kkkkkkkkkkkk... esse texto relamente é você!!! e adoro conviver com isso tudo ai... bjoooo

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  2. Nossa!
    não sabia q vc conseguia escrever sobre mim tanto assim!
    hihiih!

    O título deveria ser 'somos nosotras'
    ;)

    Dona do Pé de Amora

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