terça-feira, 23 de março de 2010

NOSSOS POLÍTICOS

http://www.youtube.com/watch?v=7kpHMPGGnH0

No link, parte do quadro proteste já, do programa CQC, referente a um desvio de doação. É imperdível. Seria bem cômico, se não fosse essencialmente trágico!


Bom seria se pudéssemos fazer doação de moralidade, bom senso e senso de justiça. Porque antes de TV de plasma, carteiras e geladeiras, alguns políticos estão carentes de vergonha na cara. E aí, talvez, com essas novas aquisições, eu venha a ficar um pouco mais tranqüila, achando que os meus suados “mirréis” serão investidos numa safra melhor de políticos. Mas não, não dá. Não dá para tornar honesto quem se orgulha de ludibriar o povo. Quem acredita fielmente na idiotioce alheia e orgulha-se de uma vergonhosa “esperteza”.

Eu, que dava o troco ao meu pai quando ele me emprestava alguns cruzeiros para comprar o chiclete na vendinha da esquina, porque sabia que aquilo não me pertencia. Euzinha, que nunca tive um cartão em conta conjunta com a minha mãe, por ter a consciência de que o dinheiro que pagaria a roupa nova não era fruto do meu trabalho. Eu, que fui educada para saber que só posso mexer no que me pertence...

Tenho que “avisar aos desavisados”, então, que o que não é seu, não lhe pertence. Que o que é público, também não é de sua propriedade. Não é de uso pessoal, por conceito! Apropriação indébita é o nome disso. Para ser gentil. Aí, de repente, chegam “alguéns” e se apropriam do público, na maior cara-de-pau. Tenha santa paciência... Onde foram parar todos aqueles princípios da Administração Pública?

Nessas horas, me pergunto se faltei a algum módulo das aulas de Ética e Cidadania no Ensino Fundamental. Se tudo o que aprendi, na verdade, era uma pegadinha daquelas de muito mau gosto. Mas, como também aprendi que “todo penso é torto”, desisti de tentar entender, pra não desacreditar, de vez, na espécie. Ou pra não gastar parte do que me resta na compra de caixas de lexotans, diazepans, ou qualquer outro artifício que não me deixe surtar com tudo isso. Mas que irrita, irrita. Que é de deixar indignado qualquer cidadão de bem, isso é. Sugiro que as pessoas comecem a fazer doações não para as instituições, mas para os gestores. Doar um curso do tipo “já falei pra não mexer nisso menino!”, poderia ser uma idéia, considerando que - ou as mães dos ilustres não tiveram a preocupação de distinguir o certo do errado -, ou eles fizeram ouvido de mercador para os conselhos maternos. E agora, quem paga o pato é a gente!

Um comentário:

  1. Vai ver que por isso tiraram da grade do ensino fundamental OSPB e Educação, Moral e Cívica.
    É revoltante a falta de justiça, a questão da impunidade... Vivemos na corja de sujos, tentando permanecer limpos - raridade - e ainda ser considerado um 'sem noção'!!
    Como disse Di Caprio no filme A Ilha do medo: "Melhor morrer como um homem bom do que como um monstro"...
    Triste, muito triste..

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