"Sejamos nós mesmos, não só apesar de, a despeito de, mas sejamos nós mesmos mesmo que, ainda que, sejamos nós mesmos exatamente porque, principalmente porque, sejamos nós sem desculpas, sem enredos, sem dissimulações. Sejamos um só de nós mesmos, sem disfarce, sem dubiedades, sem máscaras, sem esconder dos outros o que nos falta ou o que nos excede, sem preferir um outro de nós que não somos, sem querer que os outros nos enxerguem diferente, sem mostrar aos outros só o que achamos que possa interessar ou nos orgulhar. Sejamos nós mesmos sempre, ainda quando vamos desagradar, ainda quando os outros possam recusar este de nós que somos, ainda que não se possa pretender ser amado pela metade, ainda que, por sermos nós, deixemos de ser um daqueles outros que queremos tanto e aquilo que os outros querem tanto que sejamos. Sejamos nós mesmos na hora do beijo, do tapa, do abraço, da cuspida, da reprovação, do elogio, do aperto de mão, do olhar cúmplice, da fuga, do amor, do desejo, da covardia, do medo, do carinho, da doença, do afago, da dor, do ponta pé, da fome, da ânsia, da angústia, da inveja, do sucesso, da vergonha, da grandeza, da mediocridade. Cada vez acredito mais que a medida da felicidade é o quanto nós mesmos podemos ser, sem medo de que nos deixem de amar, com tudo que isso implica, ou seja, nos tornarmos cada vez mais amáveis e cada vez mais livres" (Ticcia).
Nem sempre podemos direcionar as nossas energias para o seu devido lugar. Nessas horas, uma corrida, um bom chocolate ou um livro interessante mudam o percurso daquele xingamento que já estava fazendo cócegas na nossa boca. Mas também, se a vontade for muito grande e o objeto merecedor, vá em frente, pra não correr o risco de engolir sapos que nem no seu brejo merecem estar!
quarta-feira, 17 de março de 2010
SEJAMOS. PONTO.
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Sejamos mesmo aquilo que temos vergonha ou medo que o outro não quisessse que a gente fosse.
ResponderExcluirBesos!
Dona do Pé de Amora