segunda-feira, 20 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

BOM PRESENTE. UMA DICA.

Um belo dia, chegou em minha casa, uma encomenda destinada a KIKI PATA... Euzinha!!! Enviada por D. Manú, claro. Sim, porque determinadas atitudes só são tomadas por certas pessoas. Aprendi isso com a vida.

Um livro de contos de Mia Couto. O fio das missangas. Ele durou o exato tempo de viagem NAT-BSB e deixo para vocês, alguns trechos grifados...

"Onde nada se passa, tudo pode acontecer".

"São mais os enfeites que os conteúdos, mas não é assim mesmo a festa: feita de ilusão e brilhos maiores que as substâncias??"


" Amor é dois se duplicarem em um. Mas hoje sinto: ser um é ainda muito. De mais. Ambiciono, sim, ser o múltiplo de nada. Ninguém no plural. Ninguéns".


"Não sou velho, é verdade. Mas fui ganhando muitas velhices". "Esplendoroso é o que sucede, não o que se espera".

"Chorando sem direito a soluço; rindo sem acesso a gargalhada".
"Passaram anos, persitiram enganos".

E A MINHA PREDILETA...


"O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras pára perante a dor falsa de um futebolista. As minhas mágoas que são tantas e tão verdadeiras e nenhum árbitro manda parar a vida para me atender, reboladinho que estou por dentro, rasteirado que fui pelos outros. Se a vida fosse um revaldo, quantos penalties eu já tinha marcado contra o destino?".

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

BSB BEM ACOMPANHADA


O melhor guia... a melhor cia!
Preciso mais de quê???

terça-feira, 7 de setembro de 2010

DO QUE TENHO QUE APRENDER

Primeiro a gente fica com raiva porque a gente não consegue entender. Depois, a gente entende que esse sentimento é, na verdade, um pouco de indignação com a gente mesmo. Por ter a iniciativa, por engolir sapo e - mesmo assim - dispor-se a entrar no brejo de coração aberto, de novo, numa tentativa de facilitar a vida de quem a gente ama. A gente não tem raiva de ninguém. Raiva mesmo, a gente tem da nossa idiotice. Mas respinga, claro. Porque a gente quer explicações que não existem.
Algumas pessoas não são boas. Ponto. Algumas pessoas são egocêntricas e vidradas no próprio umbigo. Reticências... E não vai ser eu, com essa minha essência de psicóloga que tudo entende, que vai mudar a situação, que iniciará o processo de conscientização alheio. Não e não. Mas não aprendo... Acabo eu precisando sentar num divã quando me deparo com determinados comportamentos. As pessoas são o que são. Se possuem traumas, conteúdos recalcados, chiliques grosseiros, que procurem a cura de seus problemas. Mas não as minhas custas. Não tripudiando sobre a minha bondade e a minha boa educação. Sim, porque o saco tem fundo.

Depois da raiva, bate o banzo. A tristeza decorrente da vontade de que as coisas fossem diferentes. A certeza de que algumas pessoas nunca farão o menor esforço para serem gentis com a gente, mesmo que a gente mereça. Mesmo que pessoas ainda mais importantes mereçam... Porque o foco de determinadas pessoas é outro. São as suas carências, as suas necessidades, a sua vaidade. Triste isso. Triste de verdade. Porque eu queria que fosse diferente. Porque dava para ser muito mais fácil. Porque é difícil respirar fundo e, finalmente, admitir que não sou querida por determinadas pessoas que nos deveriam ser importantes. E tampouco serei querida, independente do que faça. Independente da minha vontade e das minhas iniciativas. Porque determinadas janelas querem permanecer fechadas. Fazem questão, inclusive. Porque um lado não quer ver o sol, mesmo que ele brilhe lá fora, convidativo...

UM POUCO DE ALICE...

"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando eu acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. Receio que não possa me explicar, D. Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma"
(Alice no país das Maravilhas).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

FÁCIL, FÁCIL!

Pues sí!!! Algumas raras vezes sou intransigente de intransigências inaceitáveis.

Tenho esse direito e mais um monte de outros que ainda não usei, para não encher terceiros de deveres. Mania feia essa minha.
Ok. Mordo o dedo, o travesseiro, coloco a cabeça para fora do vidro para gritar em alto e bom som - em local deserto. Cartase contida e impessoal para não acordar a vizinhança ou perturbar a paz alheia (imagina se o cachorro do tiozinho se assusta com a minha voz, coitado...).
Mas quer saber??


A minha vontade era lançar mão de todo o meu arsenal de ironias finas e gestalts abertas e compartilhar as minhas raivas, os meus conteúdos reprimidos e os moradores da minha inconsciência que - vez ou outra - saem para passear na minha racionalidade fazendo eu soltar o leme! Compartilhar como uma pessoa solidária. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, blá, blá, blá, blá...


Porque raiva não se deve guardar. Faz mal. Envenena a alma. Sublimar às vezes não cumpre a função quando o cortisol resiste a endorfina.
"And now"?????

E tem mais. Não tenho obrigação de ter raivas sensatas. Daquelas que responde a questionário antes de ser refletida em comportamento. "
Mas raiva de quê?". "Por quê?". "Não tá exagerando?". "Mas você tem certeza?". Não querida. Não tenho certeza, mas, seguramente, devo ter os porquês guardados em algum canto. Ou as pessoas acham que tenho raiva porque eu gosto? Adoro. Anima a vida, sabe? A gente se estressa, envelhece, briga com quem ama. Um arraso! É ótimo. Tenha santa paciência, né??
E quer saber??

Tô com raiva. Ponto. Não preciso de permissão para me sentir assim. Não preciso de justificativas convincentes. Nem preciso que outros aceitem e deem a sua benção.
E olha, que ainda nem perturbei ninguém com essa meu "sentimento insano e despropositado". Só senti. Tô sentindo, aliás. Qualquer coisa a mesma coisa. Escrever eu posso, né?? Ou vou ter que me desculpar por isso???

Voilá!

E DAÍ?

SIM, ÀS VEZES SOU INTRANSIGENTE DE INTRANSIGÊNCIAS INACEITÁVEIS!

domingo, 5 de setembro de 2010

UN POQUITO DE POR FAVOR

Sabe aqueles dias que você tem vontade de mandar tudo para o espaço e habitar sozinha esse mundão de meu Deus?? Pues sí! Vontade atual. Pode até ser desejo dos proximos 2 minutos. Mas é! Ponto!
Vontade de riscar todas as pessoas que se alimentam da vida dos outros por não terem o que aproveitar da própria. Os pobres de espírito, os inábeis emocionais, os intelectualmente limitados. Aqueles cujo único assunto é a festa, o porre, a vida alheia. Aqueles que se fantasiam de "desapegados" quando tudo o que seu inconsciente mais desejava era ter alguém que desse um upgrade nos seus dias tão, tão, tão (a hora do grilo).... Os mesmos que não podem admitir isso, por medo de fracassar na busca.

Pouca paciência para aqueles que repetem o mesmo chavão sempre. E que acham o máximo repetir frase feitas. Que se acham os "banbanbans" do momento quando o seu momento já passou faz tempo. Os que estão condenados a terminar sozinho, por falta de pessoas realmente interessantes para acompanhá-los. Os que não permitem a evolução e acham que o bacana é ter 20 anos forever. Aqueles onde o evento mais legal, maneiro e emocionante da vida é o carnaval fora de época, a balada, a possibilidade de encher a cara e não lembrar de nada no dia seguinte. Os mesmos que juram que foi "maneiro", mesmo quando a memória não dá permissão para lembranças. O ápice. A chegada. Uhú!!! Adolescentes com grana no bolso. Mistura muito problemática.

Sem estômago para pessoas medíocres, limitadas. Adultos que teimam em não tirar a roupa da adolescência... Não tô falando daqueles de espírito evoluído, que conseguem manter a ironia, o bom humor e a leveza, mesmo depois de um certo tempo. Tô falando dos pesados com repertório limitado por falta de experiências realmente diversificadas. Ou por falta de maturidade para valorizar cada uma delas. Do tipo que Chico Buarque cantava quando dizia que "o tempo passou na janela e só Carolina não viu"...

Pra terminar, só um pedidinho estilo súplica final... Posso ficar de hostess por alguns dias, na porta do mundo, indicando quem entra, quem fica do lado de fora e quem espera mais um pouquinho???


ELA... ASSIM...

Às vezes, ela queria que todos os seus sentimentos fossem passíveis de narrativa. Que fosse lógico para terceiros. Que tivesse uma causa justa ou uma explicação racional. Mas nela, quase tudo é pessoal, intransferível, abstrato. Nela, as sensações surgem sem aviso prévio. É um descuido e pronto. Está insataldo seja lá o que a alma dela precise gritar. Nem sempre é tão bom para o outro, mas geralmente é ainda mais complicado para ela. Que tenta manter a lógica, mesmo quando as lágrimas resolvem declarar independência. Que procura entender, quando sabe que não existem respostas conscientes para o que busca. E, a cada dia, acredita com mais certezas que as suas perguntas nem são, assim, tão necessárias...
Mas ela continua questionando, mesmo sem saber o porquê...