Às vezes, ela queria que todos os seus sentimentos fossem passíveis de narrativa. Que fosse lógico para terceiros. Que tivesse uma causa justa ou uma explicação racional. Mas nela, quase tudo é pessoal, intransferível, abstrato. Nela, as sensações surgem sem aviso prévio. É um descuido e pronto. Está insataldo seja lá o que a alma dela precise gritar. Nem sempre é tão bom para o outro, mas geralmente é ainda mais complicado para ela. Que tenta manter a lógica, mesmo quando as lágrimas resolvem declarar independência. Que procura entender, quando sabe que não existem respostas conscientes para o que busca. E, a cada dia, acredita com mais certezas que as suas perguntas nem são, assim, tão necessárias...
Mas ela continua questionando, mesmo sem saber o porquê...
Mas ela continua questionando, mesmo sem saber o porquê...
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