domingo, 5 de setembro de 2010

ELA... ASSIM...

Às vezes, ela queria que todos os seus sentimentos fossem passíveis de narrativa. Que fosse lógico para terceiros. Que tivesse uma causa justa ou uma explicação racional. Mas nela, quase tudo é pessoal, intransferível, abstrato. Nela, as sensações surgem sem aviso prévio. É um descuido e pronto. Está insataldo seja lá o que a alma dela precise gritar. Nem sempre é tão bom para o outro, mas geralmente é ainda mais complicado para ela. Que tenta manter a lógica, mesmo quando as lágrimas resolvem declarar independência. Que procura entender, quando sabe que não existem respostas conscientes para o que busca. E, a cada dia, acredita com mais certezas que as suas perguntas nem são, assim, tão necessárias...
Mas ela continua questionando, mesmo sem saber o porquê...



Nenhum comentário:

Postar um comentário