Ser feliz é quase uma questão de escolha. Sei bem que essa frase soa um pouco clichê. Para mim também. Nunca havia parado para pensar sobre ela e acabei, muitas vezes, menosprezando a verdade escondida atrás de palavras tão batidas.
É preciso, sim, que a gente se permita ser feliz. Sei que, em muitos momentos, a coisa não é tão fácil assim. Vai um pouco além da nossa vontade consciente. Leiam bem: Consciente. Quantas vezes nos boicotamos, perturbamos o nosso bem-estar sem entender bem o porquê, e achamos que a gente nunca vai poder relaxar ao lado da senhora felicidade? Eu sou capaz de lembrar claramente de quantas vezes fiz isso...
Não que não vá fazer de novo. Sei lá. O nosso inconsciente carrega no seu baú, um punhado de razões que a gente desconhece. Material recalcado, medos inexplicáveis, razões quase impossíveis de serem imaginadas. E a gente, muitas vezes, acaba cedendo a pressão de comportamentos que simbolizam parte do que não foi devidamente organizado no nosso mundo psíquico. O problema, é que ele vem como um tsunami. Destrói tudo. A paz, o sossego, a agradável calmaria. E é aí que entra a vontade de verdade. Tal qual a força que temos que fazer, para resistir e não comer aquele chocolate, bem no auge da nossa TPM. Talvez, uma força um pouco maior. Talvez, uma disciplina gigantesca, para respirar fundo e não ceder à tentação de se comportar de um modo feio, mesquinho, quase insano, "sem ter nem porquê". A coerência para não agir, se a realidade não justifica - nem com muita imaginação - tal comportamento.
E com isso, deixar sossegada a nossa felicidade, cheia de razões para existir e para estar fazendo morada nos nossos dias. Porque, sim, ser feliz, muitas vezes, é uma questão de "deixar ser feliz". De permitir que o outro nos ame, que a gente se ame, que tenhamos o controle dos nossos dias, sem duvidar - em momento algum - que a gente, de fato, merece tudo isso!
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