terça-feira, 10 de março de 2009

(IN) COERÊNCIA

Ela sempre procurou ser coerente com os seus sentimentos, com as suas atitudes e com as pessoas que a cercavam. Por mais feio que o cenário pudesse parecer. Por mais que ela dissesse o que o outro não queria ouvir. Por mais que ela fosse submetida a julgamentos desnecessários. A primeira preocupação dela era dormir tranqüila à noite. O primeiro compromisso que ela assumira era o de fazer apenas aquilo que tivesse condições de assumir. E assim foi. Preocupava-se em não confundir as pessoas, em não agir de uma forma incongruente com o que discursava. Preocupava-se em poupar as pessoas de tentar entender, de analisar. Gostava de jogar limpo e abertamente, mesmo que isso, algumas vezes, não fosse lá tão agradável. Não tinha medo de perder por estar sendo honesta.

Mas, da mesma forma, irritava-se sutilmente com quem se mostrava perdido na hora de expor suas intenções. Ela não sabia lidar com práticas diferentes da teoria. Para ela, tudo era uma questão matemática. Achava que as incorências eram provenientes de covardia ou de desonestidade, e nunca teve afinidade alguma com nenhuma delas.

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