terça-feira, 8 de dezembro de 2009

BOA EDUCAÇÃO

A boa educação não é circunstancial. A gente não é bem educado hoje e deixa de ser amanhã porque está chovendo. Tudo bem. Todo mundo tem os seus dias cinzas, onde a tolerância é reduzida e a paciência também. Isso é normal, e perfeitamente aceitável. Mas ser mal educado pássa bem longe de tudo isso. Porque educação tem a ver com princípios, com valores, e não com o nível de álcool no nosso sangue. Ou com a intensidade da nossa euforia. Assim, a boa educação é um pouco do que nos torna, exatamente, quem somos. Nos sábados, domingos e feriados. Nos dias de chuva, de farra, de comemoração ou de dor. Os acontecimentos estão ali. Vem e vão. E a nossa educação não pode ser gerenciada pelo vai e vem da vida. O respeito ao próximo não deve depender do quão disposto estamos em ser agradáveis.
Tudo bem. É verdade que todo comportamento é passível de erro, por mais cuidadosos que sejamos. Faz parte da nossa (im)perfeita humanidade. Que podemos escorregar nos bons modos de vez em quando. Mas aí está, exatamente, o que pode diferenciar as pessoas nesse departamento. A capacidade que elas tem de perceber que agiu de forma destoante do habitual e deixar isso claro. E pedir desculpas, se necessário. E não pisar na bola seguidas vezes. Porque aí, o que poderia ser uma exceção, acaba recebendo o atestado de regra.
Educação tem a ver com postura, com elegância no comportamento. E isso está atrelado a nossa personalidade, independente de como estejamos nos sentindo no momento. É respeitar o espaço do outro, independente de quão sufocado estejamos nos sentindo no nosso espaço. Porque boa educação não é estado de espírito e, tampouco, age de forma seletiva. Quem é bem educado, é assim com os pais, os amigos e com o porteiro do prédio. Caso contrário, os bons modos podem confundir-se com o nível de interesse que a gente tem por algo. Com o quão conveniente é, sermos agradáveis. E conveniência, nem de longe, é sinônimo de boa educação.

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