quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DO QUE SEI


Eu sei que é cansativo, que às vezes bate um desespero, que - normalmente - a gente quer pelo menos mais 5 minutinhos de sono.
Sei que a idéia de não existir diferença entre segunda e sábado às vezes assusta. Que tudo que a gente queria era poder sentar num barzinho, socializar e tomar um chopp.
Sei também que bate saudades do banho demorado e relaxado, que não é tão legal viver dependente do relógio e das horas e que, às vezes, a gente tem vontade de jogar o despertador longe, muito longe.
Sei tudo isso.
Sei que o chocolate faz falta, assim como aquele tempinho pra sentar e assistir aquele filme tão esperado.
Sei de todas as faltas, de todo o cansaço e de toda a energia extra e - até então - desconhecida que a gente precisa para que aquele choro fora de hora continue sendo uma exceção.
Mas de tudo isso, a minha maior certeza, é de que todas as mães (que podem!) deveriam ter tempo com os seus filhos. Pequenininhos e tão dependentes, então, nem se fala. O máximo possível.

Ok tirar umas horinhas para não sucumbir. Para ir caminhar, fazer as unhas, dormir.
Sei que é necessário, assim como sei que mais espetacular ainda é poder estar perto e mostrar ao pequeno que a gente está ali, feliz, apesar de todas as faltas que a gente sabe e sente. Até porque, o sorrisão desdentado é a kriptonita de qualquer cansaço ou lacuna. Tem o poder de apagar qualquer pensamento negativo. Nos renova e recarrega as energias.

Tem hora para tudo. É preciso viver cada coisa no seu tempo, para que os gaps existenciais diminuam e as crianças de hoje se tornem pessoas emocionalmente saudáveis.
Depois, qdo eles crescerem e se tornarem mais independentes e menos simbióticos, aí sim, a gente vai resgatando a "nossa vida" aos poucos, mesmo tendo a certeza de que ela jamais será a mesma, mas que pode ser muito mais gostosa agora, que conta com uma participação tão especial.

Um comentário:

  1. É isso mesmo, filha. No futuro você vai colher os frutos desses sacrifícios atuais: Carinho, cumplicidade, admiração e respeito. E amor, muuuiiiito amor.

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