DOS SONHOS NECESSÁRIOS

"DIZ A LENDA QUE ELE TROCOU SUAS CERTEZAS POR ALGUNS SONHOS MÁGICOS"... Porque às vezes até as nossas certezas precisam de férias para que possamos aprender, crescer, perceber de outra forma, olhar com mais maleabilidade para os novos e velhos caminhos. Para que sejamos capazes da felicidade mesmo se "amanhã não for nada disso", se os nossos planos mudarem ou a nossa vida precisar de novos planejamentos. Algumas vezes, a fantasia dos sonhos vale mais do que o absolutismo das certezas. Para colorir, enfeitar, tornar mais lúdica a nossa realidade. Sábio João. O do pé de feijão.

DESABAFO PRE-COPA

Algumas vezes eu gostaria de fingir que não entendo determinadas coisas, mas não consigo. Uma dessas coisas é o circo montado em torno dos acontecimentos futebolísticos que estão por vir. Sim, adoro esporte e curto uma partida de futebol. Não só na Copa. Mas existe uma coisa chamada bom sendo que deve se sobrepor ao oba-oba de determinados eventos. Não posso ir passear na Europa se meu filho está passando fome em casa por falta de dinheiro para a comida. E  lógico assim. Ou deveria. Há algum tempo (acho que depois de ter filho) tenho evitado os telejornais. Os absurdos são muitos e a incoerência é gritante. Rios de dinheiro sendo gastos para construir estádios que não agregarão nada de realmente vital para uma população tão carente do básico. Uma preocupação com prazos que resolveria boa parte do problema da falta de escolas públicas de qualidade, de postos de saúde pseudo-funcionando e outras coisas de real importância para esse povo tão sofrido.   Uma questão de sobrevivência. Povo que paga imposto, que levanta de madrugada para ir trabalhar e que não tem a paz de saber q seus filhos ficarão bem. A quem interessa esses eventos? Aos ricos que - esses sim!- não pagam os devidos impostos, aos políticos que atiram com pólvora alheia e com gente que quer se promover e enriquecer, ainda mais, se apropriando indevidamente do dinheiro público. Que inversão de valores é essa, pelo amor de deus? Um descaso com o sofrimento alheio que me faz morrer de vergonha desse país. Um país afundado pelos políticos, com a conivência de muitos. Porque é só ver nos jornais. Crianças morrem nas portas dos hospitais, jovens matam e são mortos aleatoriamente, crianças deixam de estudar por falta de vaga em escolas públicas. E nada disso é acidente. Direta ou indiretamente, todas essas mortes e essa negligência tem culpado sim. O político que desvia dinheiro da saúde também tem as mãos sujas de sangue, embora finja que não. Tão bandido quanto muitos outros "procurados" por aí. Mas que cometem crimes com a conivência do governo e a proteção de leis que eles mesmos inventam. Assim é o Brasil, pra falar por cima. Orgulho de ser brasileiro hoje? Não, não tenho. O que esse país tem de bonito é obra de Deus, não dos homens. Os brasileiros? Honestamente, racionalmente e coerentemente, não tem razão para se orgulhar. Porque o pobre trabalhador honesto que se sacrifica pelos seus, que merece o nosso aplauso, não recebe nem um louro por isso. Nem reconhecimento... Muito pelo contrário. No final, é ele quem paga a conta! Infelizmente, é isso o que temos para hoje.

A difícil arte de estar perdida

Como a gente faz para se reinventar sem magia, sem disposição e sem imaginação? Como é possível se redefinir, mudar o curso, recomeçar? Difícil essa mudança quando não se tem o suporte necessário ou condições adequadas para tal. Complicado rescrever uma história que era bacana. É como se perdêssemos um texto do qual estávamos nos orgulhando antes mesmo de salva-lo e agora precisássemos seguir em frente, escrever novamente e superar a idéia de "q nunca ficará tão bacana qto o primeiro". Difícil reestruturar-se qdo a gente não sabe onde deixou a nossa identidade, os nossos sonhos e as nossas idiossincrasias. Por onde começar? A impressão, às vezes, é q parte da minha história seguiu o curso inverso... Sim, é isso. E agora tenho que "começar de um começo" que já deveria ter ficado para trás a um bom tempo. Paciência.

O QUE INCOMODA

Piriguetes?? Não tenho nada contra elas. Não me ofendo com piriguetes, não me assusto com piriguetes e não desgosto de piriguetes simplesmente por essa "condição". Não me sinto desrespeitada com saia curta, short micro ou barriga de fora. 

O que me ofende é gente grossa, gente sem educação e sem classe. Seja no subúrbio ou nas rodas da alta sociedade. O que acho feio é gente que invade o espaço alheio, seja furando a fila do Banco ou se jogando em cima do respectivo que não é seu, embora sempre tenha em mente que quem delimita o espaço, nesse último caso, é ele. Salvo os casos de pessoas ruinzinhas-do-juízo-doidas-da-cabeça que, não necessariamente, são piriguetes. Não me incomodo com gente dançando "lascivamente" (piada interna!! Rsss) desde que não esteja fazendo isso na missa ou num parquinho para crianças. Inclusive, até acho bacana dançar até o chão, desde que num lugar apropriado (gente, eu já dancei até o chão!!!). Isso não me incomoda. 

O que me incomoda são as generalizações, as certezas absolutas e os pré-conceitos. O que me incomoda são as pessoas que jogam o lixo pela janela, estacionam o carro em vagas reservadas sem ter esse direito e se apropriam do que é público. Mulheres e homens agressivos que fingem que eu não existo e invadem o meu cantinho também me incomodaM. Gente sem educação, que fala alto, que briga no trânsito e que não respeita o bem comum. Pessoas que não são do bem... Que não respeitam os mais velhos e que não respeitam ninguém. Pessoas que agridem o semelhante gratuitamente. Ou não. 

Não me incomodo com mulher atirada que dá em cima de homem, desde que ela vá até onde o outro permitir. O mesmo serve para os homens, em igual proporção.

Mas me incomodo muito com gente desrespeitosa, sem noção e sem educação. O político safado que desvia dinheiro de hospitais e da nossa tão carente educação também me incomoda. O esperto que quer vencer ludibriando e passando por cima do outro me incomoda profundamente. Pessoas em filas preferenciais sem motivo para tal que fazem cara de paisagem também me irritam. Jovens saudáveis que não cedem espaço para idosos e gestantes em transporte público também me fazem olhar torto. Gente corrupta, gente que não argumenta e quer vencer pela agressividade, que se faz de doido para passar melhor. Isso eu acho triste. Isso me causa desconforto. 

Sim pessoas. Definitivamente, existem outras tantas centenas de coisas mais importantes, mais sérias e mais graves que deveriam nos indignar. E muitas vezes nem nos abalam. E a gente até finge que não é conosco. Hora de repensar, ok?!

É ISSO, PESSOAS!!!

É SIMPLES ASSIM. OU DEVERIA SER.

Não vamos ofender, não vamos xingar, não vamos desmerecer. 

Vamos nos indignar, sim, quantas vezes forem necessárias e com o que realmente importa. Vamos deixar que as pessoas falem, digam e repitam. 

Vamos concordar, ou não. 

A gente responde se quiser, fala se quiser, escreve se der prazer. 

Mas sem perder a classe, a pose ou a educação. 

Sem baixar o nível, perder o tom ou fazer juízo de valor. 
Sem invadir o espaço alheio. 

Somos livres. 

E, como bem disse Sartre um dia, estamos "condenados" à isso. 

Quanto maior a liberdade, maior a responsabilidade. 

Pelo menos assim deveria ser.

Beijo, beijo, sem mais delongas

Eu voltei... Agora pra ficar!

Isso aqui estava meio abandonado, né? Eu sei bem... Estava tão abandonado que até a senha tinha cedido lugar na minha memória. Sorry! Mas garanto que a minha justificativa é a melhor de todas! Primeiro, estava acompanhando de pertinho, feito irmã siamesa, todos os avanços e descobertas do filhote querido. De pertinho e vivenciando a maternidade em toda a sua plenitude! Yes, baby! Sem babá e sem empregada, juntinho-medoando em tempo integral!

Cuidando do filho, lavando, passando, limpando, cozinhando, "orientando o marido", tentando treinar etc, etc, etc...

Mas estou (tentando) voltando! Andei dando uma lida nos meus textos antigos (bendita tecnologia que me permite fazer várias coisas ao mesmo tempo) e bateu saudade de sublimar por aqui! E vamos que vamos!!! 

Ah, e antes de mais nada... Estou perdoada????

CARTA AO MEU FILHOTE

Filho, a lição mais difícil de aprender e que tenho que socializar depois da sua chegada, é que mãe também é gente. É verdade q essa condição fica relegada a segundo plano, em decorrência da sua presença e da vontade instintiva de ficar sempre ao seu lado e não te deixar chorando nem por míseros minutinhos. Sei que tem gente que diz que faz bem para os pulmões, mas, a principio, bem faz não te ver com o olhinho cheio de lágrima. O pulmão a gente deixa para a natação, o agrião, etcetal. Só q nessa, o xixi fica para depois, o condicionador fica no cabelo e mamãe fica vendida! 

Acho que esse conselho, na verdade, é mais para mim do que para vc, já que eu sou a adulta da relação, por enquanto. Mas é que às vezes vc chora mesmo sem fome, sem dor ou sem fralda molhada, bem na hora que mamãe tem que almoçar. TEM, porque comer, tomar banho e fazer xixi já entraram na categoria "lazer". Aquela que vem depois de fazer seu suco, dar o seu banho, arrumar o seu quarto e esterilizar as coisas. Acredite filho, mamãe jamais vai te abandonar. Ela só saiu do seu campo de visão pq teve que abaixar para pegar a panela! Só estou te falando isso pq vai ter um monte de especialista dizendo q é manha, que estou lhe acostumando mal, que deixa chorar e coisas do tipo. Outros irão dizer para não deixa-lo chorando sozinho, pq isso irá ser determinante para o estabelecimento da confiança q vc tem e terá. Aí a gente tem que ficar de platéia do seu choro. Não é fácil, filho. Puxar a cadeira, sentar e ver você se esgoelando e olhando pra mim com cara de "me salve pelo-amor-de-deus"!!! Mesmo que isso seja as 3h e a mamãe aqui não tenha ninguém para ajudá-la quando o sol raiar. Nessas horas, filho, lembro de uma tal de supernanny que iria me reprovar com louvor. Segundo o seu pai, ela deve ter umas duas Babás e três empregadas!! E mesmo com todo esforço, a gente ainda corre o risco de ficar com a consciência "pesada-sou péssima mãe" pq não seguiu o protocolo da super!!! 

Aprenda filho. Capacidade de adaptar-se é fundamental para ser feliz nesse mundao de meu Deus! Olhe só para mim: era uma executiva-atleta-independente. Agora sou uma mãe-donadecasa-dependente. E me adaptei e sou uma exausta feliz! Muito mais feliz por ser mãe e bem mais exausta por ser dona de casa. Todo esse pequeno sacrifício, para poder estar mais perto de vc, te acompanhando com o cordão umbilical em riste. Mas até isso tem data de validade, porque papai disse que se eu não voltar para a vida de CLT, a gente vai falir. Ele também está cortando um dobrado!! Ainda bem q ele aprendeu a passar roupa super bem na AFA e, o mais importante, não ficou traumatizado! Pq eu não suporto passar roupa e estou sem saco para "terapias-cura-trauma"!! É isso filho. Mãe também é gente e a sua precisa sublimar mais do que os mortais normais. Correr, malhar, ler um bom livro, comer chocolate!!! A sorte é que o simples fato de olhar pra vc já tem curado muitas dores e redirecionado muitas energias "mais ou menos"! Gracias! Um dos presentes da maternidade... 

Não espero que você leve isso como reclamação, pois não é. Inclusive, o pacote de bônus é muito maior. Essa é apenas uma constatação de ordem publica para que todos tratem muito bem as (boas) mães que, ainda por cima, ESTÃO donas de casa. O marido, o filho, o chefe e o vizinho. E que lembrem que a gente precisa comer, fazer xixi, tomar banho de forma completa, escovar os dentes. Vc não precisa se preocupar com isso agora, porque ainda é muito pequenininho. Mas a mamãe aqui vai deixar gravado para o caso de, daqui há 20 anos, você resolver aparecer, lá em casa, com uma piriguete que não cumpra os pre-requisitos do "teste materno de qualidade"!

MOMENTO CATÁRTICO

Tenho algo a dizer: estou momentaneamente irritada com fotos de bunda empinada, barriga sarada, gente malhando, "vamos malhar", corridas, "tenha força de vontade" e coisas do gênero e da mesma família! É inveja branca, eu sei. Síndrome de abstinência esportiva e de vida própria. E daí? Tenho força de vontade, força muscular, força estranha, força na peruca e todas as outras! Mas me falta tempo e juízo! Lavar roupa, amamentar, levar o filho pra passear antes mesmo de tomar Café deveria ser considerado atividade física em jejum e emagrecer 3x mais do que a "corridinha mixuruca q não dá nem pra cansar" de 40'. Pelo menos a gente resolvia o físico. Não pela estética, mas pelo prazer "cinesiologico" da coisa. O psico-sócio-emocional a gente resolveria depois, lavando uma louça e tentando convencer o bonitão de que ele nãoprecisachorar-ficarnocarrinhoemassa-mamaeprecisafazerxixi! Ah, e com o sorriso safado que vem na seqüência de quem está pensando: "mamãe está doidinha"! Eu agüento! Pronto. Falei. Mesmo que daqui há 3 minutos passe! Catarse é isso!!

TÉCNICA DA "ENCANTADORA"

É o seguinte: O nosso filhote nunca deu trabalho para dormir, mas depois que chegamos de viagem, com a quebra da rotina somada a uma doencinha chata, ele passou os últimos 3 dias chorando muito antes de dormir.
Tipo: Muito. Para completar estamos sem empregada e o dia tem sido super-hiper-mega- punk. O resumo disso é fim do dia com ele chorando de um lado e eu do outro.

Assim, hoje, obnubilada de sono, resolvi resgatar a "Encantadora de bebês". Sim, pq mesmo não dando trabalho para dormir, ele sempre adormecia no braço, balançando na rede ou coisa do tipo. Resolvi começar a treiná-lo (e me treinar!!) para adormecer no próprio berço. Sabia do trabalho que ía dar, mas preferi sofrer muito em poucas vezes (e achando que estou no controle) do que sofrer muito todas as noites com o choro do meu filhote. Ontem estava com um pé numa síncope. Hoje tive alucinações por privação de sono! Calcule aí...

Aí entra a Técnica P.U./P.D (put up / put down). Regras básicas da encantadora:

1. Nunca deixe o seu bebê chorando sozinho por mais de 5 minutos. É importante que ele não se sinta abandonado.
2. Na hora de dormir, coloque o filhote no berço, explicando que ele vai dormir e tal e coisa.
3. Qdo ele começar a chorar, pegue-o no braço.
4. Assim que ele parar de chorar (acalmar-se), imediatamente, coloque-o no berço novamente.

E assim vai até ele adormecer no berço. O problema é que qdo ele se acalma no braço que vc vai colocá-lo no berço.. encostou-chorou. Aí vc tem que explicaar que vai pegá-lo DE NOVO e repetir todo o processo.
Começamos às 21h. Hoje foi a minha vez. O choro aumentava com o decorrer do tempo. O marido - que acompanhava no quarto ao lado, pelo livro, e me dava dicas do tipo "pode falar com ele para eleficar mais calmo" - disse que já estava perdendo as esperanças. Eu, na medida que o cansaço dele aumentava e as lágrimas também, tive muita vontade de roubar e balançá-lo mais um pouquinho para ver se ele adormecia qdo ele se aninhava gostoso no meu colo. Mas fomos em frente e 01 hora e 16 minutos depois, coloquei-o no berço, ele abriu o olho, virou de lado e adormeceu.

E amanhã, a saga continua, por uma boa causa!!!

DIETA E CÓLICA

Oi, pessoas queridas!! 

Sei que esse blog anda muito "maternal", mas vocês entendem a intensidade do momento, né?! 

São 24h por dia respirando esse ar gostoso com cheirinho de bebê.

Pra não fugir do tema, quero falar um pouco sobre cólica e alimentação da mãe. Não sou nenhuma expert no assunto, portanto, vou falar da minha experiência. Hoje, meu filho já está com 4 meses e só lembro de uma crise de cólica dele que - suspeito - foi por causa do EXCESSO de grão de bico. Sim, porque já tinha comido moderadamente em outras ocasiões e meu filho não sofreu com isso. O problema foi quando resolvi almoçar, lanchar e jantar grão de bico (adoro!). Comecei a perceber que - como tudo na vida - os excessos é que são os grandes vilões.

Falo isso porque quando estava grávida, ouvi conselhos de amigas com bebês pequeninos que tinham cortado a lactose da dieta e os pequenos não tiveram cólica. Resolvi fazer o mesmo, mas não de forma tão brusca. Cortei o leite porque tomava quase 1 litro por dia em condições normais de temperatura e pressão. Troquei pelo de soja (que aprendi a gostar. Ou melhor, aprendi a tomar!). Cortei os iogurtes e coalhadas que também me quebravam um galho danado nos lanches e jantar. Mas não cortei totalmente os queijos nem as comidas preparadas com manteiga. E assim, meu filhote passou incólume pelo terror das cólicas.

Óbvio que os clássicos como chocolate e café foram cortados totalmente. Mas agora, que ele já está quase um rapaz, resolvi fazer o teste e retomar os iogurtes e coalhadas, por uma "necessidade da dieta de comer mais proteína e menos carbo". Já estou nessa há uma semana e tudo continua bem. Claro que não tomo 3 iogurtes por dia, né?!  Outra coisa foi o chocolate. Não, não voltei a comer, mas resolvi fazer um bolo mega-super-delícia. De chocolate. Com muitos chocolates. Confesso que provei um tiquinho de nada duas vezes em ocasiões diferentes. Mas um tiquinho de nada mesmo, não chegava a ser nem meia fatia fina. Graças a Deus o filhote não reclamou, assim como não reclamou do ácido lático da minha corrida e musculação, devidamente administrados. 

Com isso, comecei a perceber que a cólica também pode ser uma coisa muito particular. Os pequeninos são seres únicos e que - portanto - reagem de forma diferente a mesma pisada na jaca das mães. O mais importante é aprendermos a observar e enxergar o nosso rebento, para evitarmos alguns probleminhas tão comuns nessa fase. 

E moderação, pessoas. Muita moderação. O tesouro dos sábios!

É isso, minha gente!!

Beijo, beijo