segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PORQUE LEIO, PORQUE ESCREVO, PORQUE SUBLIMO...

Gosto de leituras. Gosto da calmaria que me dá, a companhia de um livro. Tenho uma atenção hipervigilante e minha energia é "autoalimentada" pela minha respiração. Isso às vezes cansa, porque essa energia - em certos momentos - parece um bêbado Justificartrôpego que não sabe para onde vai. Mas segue. Ás vezes fazendo bem, às vezes exaurindo a moradora. E um bom livro é a chave. Ele me desliga um pouco do mundo e me permite mergulhar em um lugar que não é meu. Que não precisa de respostas nem de pressa. Que me torna, apenas, espectadora do contexto, não mais a diretora-produtora-protagonista da história.

Por gostar de ler, me aventuro na escrita. Escrever também me dá prazer. É uma das minhas sublimações prediletas, porque externalizo um pouco do que habita meu íntimo. Minhas neuras, meus traumas, minha efusividade, minhas dores e meus deslumbramentos. Me dispo das couraças e me projeto nas palavras. Ás vezes tudo pássa quando escrevo a última frase. Como por encanto...

Não escrevo para que me achem intelectual ou analisem a minha capacidade cognitiva. Esse não é o propósito. Escrevo por prazer. O mesmo que tenho ao saber que alguém que não me é familiar leu as minhas palavras. Alguém que não é aquele bom amigo coruja de sempre... O prazer que tenho, não é um prazer narcisista. Mas um sentimento de reconhecimento da similitude. De que outros pensam, sentem e curtem as mesmas "viagens existenciais". Que - ufa!! - não sou um ET e "último exemplar" da minha espécie habitando essa torre de babel que às vezes encanta, às vezes oprime.

Escrevo porque leio. De tudo um pouco. Um muito de cada coisa. Faço os dois por um desejo de satisfação estritamente pessoal e sem interferência de terceiros. O que vem é lucro, bônus, presente, promoção. E quem não gosta de tudo isso???

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