"Ela lhe contou histórias, ele a ensinou a voar. Amavam-se..." (Peter Pan)
A gente se mudou por um desejo. Por uma vontade que nada tinha a ver com dinheiro, promoções ou melhoria da qualidade de vida. A gente resolveu começar de novo por um sonho. Uma aspiração para poucos. Ele queria voar mais alto, mais rápido, com novas asas. Ele queria aprender coisas novas...
Ele queria ser da primeira linha, embora - concretamente - isso não significasse nada aos olhos dos meros mortais, que mantém os pés firmes no chão, por medo de decolar. Ou por não saber fazê-lo. No sentindo literal ou figurado, entendam como quiser... Mas ele queria, mesmo assim.
A princípio, uma vontade tímida, de quem está disposto a conversar. Talvez pela ciência de que a maioria não entenderia aquela aspiração, aquele desejo que implicaria em sair do "bem-bom" rumo ao desconhecido. De informação, apenas as manchetes da televisão e a consciência de que morar é bem diferente de passar férias. O destino era o RJ... A explicação que convenceria a maioria a largar tudo, não veio.
"Talvez porque é a elite da aviação militar. Tudo bem... Ganha menos, trabalha mais, mas, mas...". Fiquei esperando o "mas", para tentar dar uma explicação lógica, mas ele não não deu o ar da graça. No lugar dele, uma risada compartilhada de quem bem entendia que tem coisas que não se explicam logicamente. Que tem coisas que fogem da esfera material e transcendem os aspectos objetivos. Sorte dele que encontrou quem comprasse a idéia. Sorte minha que encontrei alguém com sonhos diferentes do habitual, que não são expressos em palavras, mas que se enxerga pelos olhos, pelas ações, pelo esforço e pela disposição difícil de encontrar por aí.
E assim, a gente veio. Pra tentar, pra realizar, pra cumprir mais uma missão, para ele "domar mais um tigre". Foram noites intermináveis de estudo. Foram fins de semana ensolarados sem praia, amigos ou diversão. Foram questionários feitos, perguntas respondidas, provas semanais. Bonito de se ver, mas muitas vezes cansativo de sentir. O que indignava, serviu de exemplo. O que tirava a paciência, serviu para mostrar que dificilmente, a gente conseguirá algo sem um esforço verdadeiro. Sem abdicar de coisas que gostamos. Sem meter a mão na massa, o pé na lama e pagar pra ver.
No dia 13 de abril, veio a recompensa para tanto esforço. E ela não veio á galope. Veio mais intensa, mais diferente. Chegou chegando, nada tímida. Veio de avião, rompendo a barreira do som, fechando um ciclo para dar início a outro. Veio de F5. Todo lindo, pilotado pelo avião que escolhi pra mim.
No mais, desculpem qualquer coisa. Orgulho é orgulho. Assim como os sonhos, não se explica.
Parabéns pra ele, o marido supersônico
Oi filha,
ResponderExcluirDessa vez não vou comentar o texto mas as fotos que falam por si. Parabéns Bruno! Pela garra, pela disposição para ir atrás dos sonhos, pelo vôo que deve ter sido perfeito. Curtí a sua vibração na chegada. Que Deus lhe dê sempre, céus de brigadeiro e motivos para comemorar com essa mesma alegria.
Beijo prá vocês.
Eu vou comentar pela foto e pelo texto, a foto pra dizer que tenho orgulho por ter um cunhado que pilota um F5, sou chique bem!! e os textos que confesso encheram meu olhos de lágrimas, pelo orgulho merecido do maridão.
ResponderExcluirVcs sabem que sou a fã nº 1 do casal!!!!!!!
AMO DEMAIS!!!