quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

UM CONSELHO

Que bom seria se pudéssemos ter as pessoas que amamos sempre por perto. Que elas não fossem embora nunca. Que, mesmo que elas se ausentassem, essa ausência fosse temporária. Para respirar, para recarregar as energias, para sentir saudades.
O sentimento deveria, sim, ser a única condição necessária para a presença. Deveriam andar juntos. Sempre.
Na minha humana condição, não vejo sentido nas coisas serem diferentes. Como é possível acostumar-se com uma falta? Como é possível sentir amor e ter que guardá-lo ou – o que é pior – lutar para esse sentimento morrer de mansinho. Como alguém pode ser infeliz por amar? A ausência talvez provoque isso. Assim, a infelicidade deveria ser pela “ausência da presença”, e não pela presença do sentimento. Se é que vocês me entendem...
Que bom seria se a pudéssemos evitar a ausência. Melhor ainda: que fôssemos obrigados a conviver só com aquelas faltas que são irreversíveis. E, mesmo assim, porque fogem ao nosso controle. Aquelas ausências que nos são impostas pela vida, de forma irremediável. Essas já são por demais pesadas, dolorosas, para também termos que conviver com aquelas que podemos evitar, que podemos transformar em presença a qualquer momento. O ideal seria a ausência da ausência. A presença certa quando o amor fosse forte, resistente. Que nem nós -nem a vida - nos privassem da companhia daqueles que nos são queridos, amados, afetivamente necessários.
Assim, vale à pena correr atrás do tempo, lutar para termos quem amamos ao nosso lado, enquanto isso nos é possível. Enquanto ainda temos algum poder de escolha. Deixemos a ausência para quando a vida decidir por nós e nada pudermos fazer a respeito.

DO QUE QUERO

Não quero certezas, não quero garantias, não quero planos que precisem ser para sempre. Tentar também não seria a palavra certa. Dá uma sensação de que existe uma possibilidade maior das coisas não funcionarem. Parece que a gente já inicia com a possibilidade do fim. Queria ser feliz um dia de cada vez. Queria fazer feliz, um dia de cada vez.
Um dia me disseram que era injusto deixar as circunstâncias vencerem os sentimentos. Nunca parei para pensar nisso. Até hoje.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

PARTIR


Sim, em algum momento, teremos que dar o primeiro passo. Sair da zona de conforto que, na maioria das vezes, deveria ter outro nome, de tanta angústia que ela provoca. Quebrar o ciclo, dar o grito de misericórdia, fechar a gestalt. Ou, quem sabe, tentar diferente, mesmo que as coisas continuem no mesmo lugar. E, quando as tentativas mostrarem-se inúteis, deixar o porto, chutar o balde, partir...
Partir em busca de si mesmo, do que conforta, do que completa. Abandonar os buracos que vão se formando e os bichinhos que criamos e alimentamos com freqüência. Pequenos seres que acabam fazendo um estrago enorme. Procurar portos mais tranqüilos ou curtir as possibilidades da viagem. Mas, finalmente, partir...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

AO SONO, por Fernanda Young

"Ontem, mais uma vez, esperei horas e você não veio. Hoje, passei a manhã inteira irritada por causa disso. Aí, você me chega depois do almoço, sem a menor explicação, como se isso fosse normal. Eu cheia de coisas para fazer e você querendo me levar para tomar um café. Está querendo acabar comigo, é isso?Uma amiga minha me abriu os olhos: nós dois estamos vivendo uma relação doentia. Eu estou me sujeitando aos seus horários e você está desrespeitando os limites. Não é porque eu vou para a cama com você que eu deixei de chefiar o órgão onde você exerce a sua função.Você tem faltado muito e estou cansada disso. Quando não falta, demora para chegar e vem disperso, agitado, não ajudando em nada. Eu preciso de você tranqüilo, cumprindo seu dever, todos os dias, oito horas por dia, igual a todo mundo. Ou não posso garantir o bom funcionamento da nossa unidade.Sono, sinceramente, qualquer probleminha que surge, você some. Tudo serve de desculpa para você não aparecer: uma conta para pagar, uma viagem de negócios, um caso de doença na família. Por mais que eu não queira te prejudicar, não posso agüentar um sono assim, tão inconstante.A partir desta noite, não quero mais nenhuma irregularidade sua. Não estou exigindo que você seja perfeito, mas, na próxima vez que eu tiver de remediar alguma ausência de sua parte, vou tomar medidas extremamente fortes. E não me importam as reações. Desejo uma convivência leve e sadia entre nós, mas prefiro ter você sempre pesado do q sofrer as conseqüências da atual situação.Não posso entender por que você mudou tanto. Lembro das agradáveis noites que passamos juntos - você eventualmente profundo, muitas vezes superficial, mas sempre presente em minha vida. Mesmo durante o dia, você dava um jeito de estar ao meu lado quando eu ficava deprimida, de cuidar de mim quando eu ficava com febre, de aliviar meu stress quando eu trabalhava demais.Agora, quase nunca posso contar com você. Você só aparece qdo bem quer e qdo eu menos preciso: num cinema, numa festa, num restaurante. Sua presença, antes tão gratificante, ultimamente só serve para me atrapalhar. Você jamais consegue estar comigo nas horas importantes, tem sempre algo complicado impedindo-o de chegar; mas sei de outras mulheres que dormem com você sem a menor dificuldade. Liguei para uma colega minha, noite dessas, para reclamar de mais uma das suas fugidas, e ela teve o desplante de dizer q não podia falar comigo pq estava na cama com você.Enfim, estou com olheiras, e é por sua culpa. Mas sei q necessito dos seus serviços, então lhe dou este ultimato. Ou você toma jeito e volta a me deixar em paz ou você afunda junto comigo".

DAS INEVITÁVEIS COMPARAÇÕES

Todas as nossas avaliações são baseadas em critérios referenciais que construímos durante a nossa vida. Quanto mais nos deparamos com pessoas, situações ou sentimentos aquém do que estamos acostumados, mais valorizamos o que sempre esteve presente em nossos dias. É inevitável.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ARTE NA RUA

Pintura de rua feita por Ulian Beever. Impressionante!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

RECUERDOS

Depois de um longo e tenebroso inverno sem saber o que é chorar, essa que vos fála se derrama em lágrimas ouvindo MEU PLANO, cantado por Sorriso Maroto. Vai entender...

"Meu plano era deixar vc pensar o q quiser. Meu plano era deixar vc pensar...
Meu plano era deixar vc falar o qquiser. Meu plano era deixar você falar...
Coisas sem sentido, sem motivo, sem querer, andei fazendo planos pra você.
Engano seu, achar q fosse brincadeira, engano seu.
Aconteceu de ser assim dessa maneira e o plano é meu.
Mesmo sem motivo, sem sentido, sem saber, andei fazendo planos pra você...
Pra vc eu faço tudo e 1 pouco mais. Pra você ficar comigo e ninguém mais.
Largo os compromissos, deixo tudo ao lado. Você tenta então me convencer...
Que é melhor não fazer planos pra você...
Meu plano era deixar você fugir quando quiser.
Meu plano era esperar você voltar.
Engano seu achar que o plano é passageiro, engano meu...
Acho q o destino antes de nos conhecer, fez 1 plano pra juntar eu e você...
Pra vc eu faço tudo e 1 pouco mais. Pra você ficar comigo e ninguém mais.
Largo os compromissos, deixo tudo ao lado.
Você tenta, então, me convencer q é melhor não fazer planos pra você..."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O QUE ACONTECEU COM AS RELAÇÕES??

Não sei o que aconteceu, nem tampouco quando se deu tal mudança. Talvez seja apenas uma percepção individual, uma forma diferente de enxergar as coisas. Não sei. Mas algo mudou nas relações que, teoricamente, deveriam ser motivadas pelo amor, pela lealdade, pelo respeito e pela vontade de estar junto. E confesso que é com um misto de incredulidade e pena que observo as pessoas submeterem-se a relações anunciadamente fracassadas segundo os meus critérios de manutenção de uma relação. O amor parece não ser mais a pedra fundamental. Deixou de ser necessário e foi cedendo lugar a questões práticas do dia-à-dia. Facilidades, comodidade, lei do menor esforço. A paixão então, essa começa a ser buscada em relações paralelas, fazendo naufragar, por tabela, a lealdade e o respeito que deveríamos ter por todos aqueles que queremos bem. A gente não é obrigado a amar quem quer que seja, mas a gente tem o dever de respeitar a todos. Namorados, amigos, pessoas que admiramos - ou não. Que fique claro: essa situação não é sustentada por um lado apenas. Ninguém é completamente vítima. Pode não haver mais amor, paixão, respeito, consideração. Mas a cumplicidade para continuar caminhando trôpegos é mantida de forma admirável. Fecha-se os olhos quando "necessário", muda-se o discurso quando o antigo parece não servir mais. E tudo perde a cor. E as pessoas perdem o brilho e as melhores épocas de suas vidas, porque não podem ficar só. Porque acham que não podem. E olham com nostalgia para a felicidade alheia. E criticam os que estão sozinhos, porque são incapazes de admitir o próprio fracasso.
Sim, é muito melhor estar com alguém. Mas "estar" não é fazer de conta. Na minha concepção - que hoje parece antiquada - a gente se relaciona para ter um(a) companheiro(a) com todas as implicações que o termo sugere, e não para ter um status. Não é justo com ninguém. Enquanto uma relação capenga é mantida, perde-se a oportunidade de viver coisas mais honestas e de encontrar quem, de fato, alimentaria a nossa vida numa parceria real.
Mas a carência parece cegar. Principalmente o núcleo feminino, que acaba se sujeitando a tudo e qualquer coisa. Buscam as justificativas mais absurdas. Acreditam nos argumentos mais fantasiosos. Ou melhor: fingem acreditar, porque essa é a única forma de não perder o que acham que tem. Mas não percebem que a única coisa que lhes restou foi a angústia das incertezas, a auto-estima caindo vertiginosamente e a pseudo companhia de alguém que já parece ocupado demais para lhes dar a devida atenção. E para os homens, a situação é facilitada, porque eles não precisam mais decidir. Porque as escolhas deixaram de ser excludentes. Um prato cheio para quem gosta de ficar acomodado em cima do muro, para quem não gosta de correr riscos, para quem tem medo de sair da zona de conforto, para quem tem a infantil ilusão de que sempre poderá ter tudo... E eles acham que isso é uma grande vantagem, quando, na verdade, é apenas um gasto de energia desnecessário.
E não percebem que, se fossem honestos consigo mesmo, poderiam - um belo dia - encontrar o que procuram em um único pacote, ao invés de tentar equilibrar vários de forma desordenada.
É isso...
Coragem para os que precisam de coragem. Paciência para os que precisam de paciência.
beijos

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CONSTATAÇÕES

- Só para constar em Ata que o fim de semana foi bom. Muito bom. Praia, lua, cerveja, vinho, conversa com os amigos à beira da piscina.

- O tornozelo continua doendo e a demanda de mulheres querendo correr, aumentou. Vou ter que intimar o médico, mesmo sem marcar consulta!

- A "família" da praia cresceu. A barraca mais bonita precisa de mais espaço!

- Enquanto todo o cinema derramava lágrimas assistindo "O LEITOR", me dava uma vontade incontrolável de rir, a cada "fungado" que eu escutava. Será que eu tô ficando uma louca sem coração? Já estão me chamando de "cética". Eu... logo eu!

- Descobri que grande parte dos casais não consegue mais rir juntos. E continuam sustentando a relação, esperando "nãoseioquê". Parece que o mundo anda meio louco e as pessoas contentando-se com "pouquinha" coisa. "Cada qual com seus problemas"!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ESTOU, SIM.

"Vai passar, tú sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital".
Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'"
(Caio Fernando Abreu).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

E HOMEM NÃO TEM VONTADE??

Estou devendo esse texto a algumas amigas já faz um tempinho... Não é bem um texto, vamos combinar. É um amontoado de elocubrações provenientes de muitas conversas e inúmeras dúvidas femininas. A pergunta central, na verdade, é: E os homens também não tem vontade??

Deixe eu me explicar melhor. Visualizem a cena: Ta rolando uma paquera. Na verdade, o 1º passo já foi dado, já houve o encontro, os beijos, as conversas e afins. De repente, o segundo encontro começa a demorar a aparecer. E as dúvidas na cabeça das amigas também. Ele tem o seu telefone, sabe onde lhe encontrar e, quem quer, sabe como chegar. Mas nada acontece. Diante da inércia masculina, resolvemos ligar. Tentamos acreditar que isso é coisa de mulher independente e que tem atitude. Talvez o outro esteja envergonhado, ou tenhamos dito alguma palavra q deixou o rapaz temeroso (chafurdamos nas lembranças e fantasiamos alguma palavrinha perdida que, com muita imaginação, pode ser entendida de uma forma não tão convidativa). ‘Tá bom. Com uma aprovação “meia-boca” das amigas, fazemos contato. Não. O rapaz não estava doente, não estava viajando e, tampouco, sem crédito para ligar. E por que não ligou??? Não sabemos. Ou até sabemos, mas não queremos acreditar, já que ele parecia tão envolvido no momento tête-à-tête. Fingimos desprendimento, mostramos todo o nosso senso de humor, com algumas fagulhas de ironia e, praticamente, intimamos o camarada a um replay. Ta bom, ta bom. Ele aceita, desde que não haja outro programa na agenda, tipo visitar a avó, passear de quadriciclo ou aquele campeonato de playstation. Mas ele é sempre amável. E a gente finge que leva na brincadeira, quando, na verdade, isso dá uma reviravolta gigantesca na nossa auto-estima. Mas, nessa hora, a gente só quer mais uma chance para curarmos a nossa carência e, quem sabe, nos convencermos de que ele gosta da nossa companhia. Assim como o segundo, o terceiro e o quarto encontro parecem sempre depender da boa vontade feminina. Do nosso convite. Da nossa iniciativa. E as amigas tentam nos convencer de que, homens também tem vontade, ora bolas. Que quando eles querem muito, eles sabem muito bem qual o caminho das pedras. E, se não sabem, esforçam-se para aprender. A ansiedade deles é bem menor, é verdade, mas eles não vieram ao mundo desprovido de vontades. Só é lembrar da alegria com que eles vão para a pelada na segunda à noite, mesmo depois de um dia inteiro de trabalho. Mesmo cansados, mesmo debaixo de chuva, mesmo com o pé doendo ou com outras coisas mais urgentes a serem resolvidas.

Acreditem colegas. Quando eles querem - mas querem de verdade - eles se antecipam por medo de perder. Eles não querem deixar para amanhã. Do jeitinho deles, claro. Mas o fazem. Ah, e vocês devem estar se perguntando: “e por que, quando eu tomo a iniciativa, ele aceita e ainda diz palavras bonitinhas?”. Porque é assim, queridas. Você é uma mulher interessante. Ponto. Você deve ser uma boa companhia. Ponto. Mas isso não faz de você, a namorada dele. Isso não significa que você seja a escolhida para compartilhar os momentos com o digníssimo. Porque se, realmente esse fosse o desejo, você não precisaria mendigar atenção ou deixar o nome na portaria para quando o rapaz estiver disponível. Até porque, tanta disponibilidade cansa. Cansa os dois lados. Assim, respeite o tempo do rapaz. Respeite as vontades dele. Respeite as escolhas, sem que ele sinta-se pressionado a fazer algo só porque você é uma pessoa legal. Mas, respeite também as suas qualidades. Respeite o seu potencial. Respeite-se a despeito de qualquer carência passageira. A gente não precisa fazer dar certo, sempre.

E que tenham sorte, sem precisar fazer campanha, colocar anúncio ou sair panfletando na rua

Beijão zão

Kiki

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

EN OTRO SÍTIO, NUEVAS PALABRAS

Hay algo nuevo en www.mulheresnofds.com.br. Lo mejor de la TPM... Y lo peor!
Besos gordos

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

COMO EU GOSTO

"Benditos sejam os fortes de espírito, os decididos ainda q equivocados, os cheios de atitude ainda que não das melhores.
Benditos sejam os de mão na massa, pé na tábua, café no bule e os que não viram coadjuvantes da própria vida. Benditos os que estão de um lado ou outro do muro, os que pulam o muro para mudar de lado, mas se sentem incômodos em cima dele.
Benditos os que falam, os que dizem, os que contam, os que confessam, os que revelam, ainda que mais tarde tenham de lidar com um certo receio de ter se excedido.
Benditos os excedidos, os excessivos, os exagerados, os demasiados, os desmesurados que não se contentam com a míngua da infinita ponderação, que não se tornam reféns das infindáveis variáveis.
Benditos os livres para errar e acertar d vez em qdo, q ñ se encarceram no futuro, no quem sabe, no talvez e no quase.
Benditos os q erram e refazem, os q fazem d novo e erram novamente e q voltam a fazer para acertar uma hora dessas.
Benditos os que têm pressa, de vida, de amor, de felicidade, de inspiração, de paixão, de sexo, de alegria, que sabem que o segundo é um já que está quase deixando de ser e não volta jamais, q aquela felicidade que não levamos conosco, q não desabrochou ali, q não pegamos à unha e olhamos nos olhos, perdeu-se e esgotou-se num avesso q não existe mais.
Benditos os famintos de mundo, de olhos, de bocas, de céu, de outros lugares e outras gentes, de ser tudo de si o quanto antes".

(Ticcia)