segunda-feira, 12 de abril de 2010

CRITÉRIOS, PACIÊNCIA, LIMITES

Após mais de 30 anos bem vividos, a gente acaba por conscientizar-se que algumas coisas não precisam mais ser aceitas. Porque a gente fica mais criteirosa, menos dependente e com paciência, apenas, para o que é realmente importante. A gente não precisa saber todas as músicas da moda, nem quem são os cantores do momento. Não precisa aceitar a noitada do namorado, nem chilique de ex. As explicações minunciosas deixam de ser tão necessárias e os dramas novelescos só servem para analisarmos os valores que cada um possui. E, a partir disso, decidirmos o que a gente quer pra nossa vida. A paciência para comportamento adolescente em corpo de adulto também diminui. Da mesma forma que diminui a nossa tirania com a dieta e com nós mesmas. A paciência diminui para gente sem educação, sem classe, sem berço. Para o carro estacionado em vaga proibida, pessoas atrapalhando o trânsito, discussões desnecessárias. Para comportamentos demasiadamente efusivos, pessoas mesquinhas e para aqueles que não conseguem enxergar o óbvio. Para a falta de decisão, para aquele sentado em cima do muro, para o adulto que não quer abrir mão de nada e acha que a vida é assim... E a gente descobre que os nossos critérios realmente aumentaram... A paciência para brigar diminui, assim como a necessidade de esforço para que o outro nos entenda, compreenda, aceite, ouça, considere, queira... Porque as nossas opniões ganham outra forma. Porque elas passam a falar por si só, sem precisar de uma dissertação gigantesca com direito a justificativas, objetivos, fundamentação teórica e conclusão. Aceita quem quer. E quem acha que vale à pena.

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