sexta-feira, 19 de junho de 2009

Qual a medida certa para nos “jogarmos” numa relação?

A cada novo relacionamento, esse questionamento aparece como uma decisão imprescindível a ser tomada. Até que ponto deve-se entrar numa relação, sem que isso nos deixe anunciadamente expostas às dores provenientes de uma falta de cuidado da nossa parte? Até hoje não sei se dá para conhecer alguém sem que isso signifique um salto no escuro. No máximo, você tem impressões e algum atestado de bons antecedentes. Mas não dá para ter garantias, certezas, contrato assinado. Assim, é melhor não esperar por isso para dar início a um novo affair. Até porque, não consigo imaginar que uma relação vá dar certo, se os personagens já entram munidos de todas as defesas possíveis, como se fossem participar de alguma batalha espartana.
Tenho minhas dúvidas se dá para começar algo de uma maneira bacana, entrando “pela metade”, com um pé atrás, inteira “pero no mucho”. Eu, definitivamente, não consigo. Claro, tô considerando que sou uma pessoa de bom senso e com uma capacidade perceptiva normalzinha. E, talvez, essas sejam as únicas ferramentas para decidir até que ponto ir, sem estar cometendo um atentado contra a minha própria saúde mental e afetiva. Fora isso, é meter o pé na lama mesmo, e torcer para que a areia não seja movediça. Torcer, sim, para que a lama seja terapêutica, daquelas que acalmam e fazem um bem danado à nossa pele. Porque eu acho que início de relacionamento é isso. Uma questão de fé. De fé em você e na humanidade. Uma questão de acreditar nas suas escolhas e na providência divina (sim, porque se você é uma boa pessoa, que age com o coração, parece que você tem direito a esse bônus).
Não dá para ficar fazendo questionamentos em tempo integral. Não dá para levar aquela pulga como moradora oficial da sua orelha. Não dá para entrar devagar, “meia-boca”, medindo gestos e palavras quando a vontade é chutar o balde e dizer exatamente o que pensa, o que sente e o que deseja. Sim, é importante deixar explícito o que a gente quer do outro, para não correr o risco de estar se jogando, sem o querido estar lá embaixo para assegurar uma aterrisagem tranqüila. E isso não é contraditório. Estou apenas deixando claro que – para vestir a camisa - todas as cartas devem estar na mesa, para que o jogo não termine antes do fim, em decorrência de mal-entendidos ou problemas de comunicação. As “regras” precisam ser claras... Os dois precisam saber em qual barco estão entrando... A torcida é para que, sabendo disso, o comportamento do rapaz seja, acima de tudo, um comportamento honesto. É, acho que é isso.
Porque não dá para esperar pela total segurança, para se entregar. E tenho a ligeira impressão que – mesmo assim - ela não iria dar o ar da graça. Suspeito que ela não bateria a porta da casa num dia de domingo, com o kit “vá-fundo-ele-te-ama-e-ainda-por-cima-não-te-decepcionará”. Até porque, a vida nem é tão lógica assim. Eu aprendi que se a gente está muito a fim, não há outro caminho se não sair da sombra, pular o muro, entrar com os dois pés. Ou então, nem começar. Com coerência, claro! Porque até quem gosta de fortes emoções carrega consigo o equipamento de segurança necessário para que a aventura não se transforme numa tragédia hollywodiana.
Bem, e se, ao final, o respectivo não se mostrar tão respectivo assim, paciência! Pelo menos você não levará os “e se” a tiracolo, questionando-se o que poderia ter feito de diferente para evitar o decreto do fim. E se cair, levanta. Não há mal nenhum nisso. Adiciona nas milhagens para, dá próxima vez, a viagem ser mais prazerosa e não custar tanto.

Petones

2 comentários:

  1. oooouuuuu amiga!
    Concordo e penso igual a vc!
    Acho que devemos deixar as emoções e os sentimentos se expressarem, se não,essas sensações tão maravilhosas findam virando meros substantivos abstratos e nós perdemos de viver momentos ímpares por puro "auto-protecionismo". Às vezes surgem aquelas ruguinhas e dúvidas de preocupação, mas, assim cm vc, dou minha cara à tapa e prefiro acreditar no que estou sentindo, principalmente, quando sinto esse feed-back positivo que vc está sentindo!Adoro o amor, sou a favor dele e acho lindo quando ele realmente existe e consigo vê-lo em td sua essência num relacionamento! Vcs estão vivendo isso, fico feliz, espero que essa plantinha que está nascendo, seja td dia regada, pra cada vez florescer mais e virar uma linda árvore! Sou da teria que o amor sempre precisa ser cultivado se não vai perdendo a vida! Desejo que vcs tenham sempre um inverno aquecido, uma primavera florida,um verão ensolarado e um outono de renovação! Bjo te adoro

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  2. "Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária a estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo.Me adapto a mim mesma" (Anais Nin). Acho q é isso, amiga. Nós somos mais parecidas do q pensamos... já te falei! E q bom q está dando certo. Posso dizer q, depois q vc entrou nos meus dias, a minha vida tb está mto mais colorida! Bjos

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