quarta-feira, 3 de junho de 2009

SERÁ PEDIR DEMAIS??

Às vezes acho que sofro de algum tipo de "dismorfia valorativa". Sempre achei que o que eu pedia era pouquinho, um tico diante de tantas coisas oferecidas por aí. Mas, de repente, começo a me questionar se tô querendo demais, esperando demais, fantasiando demais. Gente!!! Nunca achei que a minha lista de pré-requisitos fosse grande. Quem dirá, de difícil acesso. E olhe que, no meio do caminho, sempre vou riscando alguns pontos e fingindo que eles não são assim, tão importantes. Será muito o que peço???
Sentimentos verbalizados, comportamentos coerentes, alguma consideração. Certezas quando elas são necessárias e surpresas quando a intenção é de boa fé. Respeito, cuidado e atenção. Nada mais do que se deve ofertar aos entes queridos e - até! - ao cachorro companheiro. Honestidade consigo mesmo para poder ser claro com terceiros. Boa educação, gestos carinhosos e um olhar desviado do próprio umbigo. O ombro amigo e o colo certeiro. Mas, também, o "deixar-se cuidar".
Não tô pedindo que me amem, me adorem e não possam viver sem mim. Tô pedindo que, se diz que gosta, saiba que existe um valor mínimo para consumação. Não dá para chegar, curtir e sair à francesa como se todos estivessem ali para satisfazer os seus desejos e atender as suas necessidades. Sei que levo a sério esse negócio do "é dando que se recebe" e capricho nas doações. Mesmo depois de ter aprendido que, nem todos, pagaram essa matéria na escola. Sim, assumo que dou querendo receber, sem saber se o bolso alheio suporta as minhas quantias. "Cada um dá o que pode". Acho que é isso que falta eu internalizar tal qual um mantra...
Mesmo assim, ainda acho que não tô pedindo demais... Talvez, quem sabe, no máximo, tenha "pedido" às pessoas erradas. É isso.

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