quarta-feira, 21 de setembro de 2011

E A VIDA SE EXPLICA...


São muitas responsabilidades muito cedo. Alguém disse um dia que, antes mesmo da gente ser adulto, a gente deveria escolher o que gostaria de fazer até o final da nossa vida. Imagina que responsabilidade. Sim, porque quando somos adolescentes, cheio de expectativas, a gente até chega a pensar que o mundo vai acabar amanhã, de tanta pressa e tanta urgência! E compra a propaganda. E pensa no que gosta, no que rende e no que tem oportunidades. E se engana achando que vai querer as mesmas coisas para sempre, para o resto da vida. Talvez sim. Provavelmente, não.
Porque, convenhamos, as coisas não teriam muita graça se a gente passasse a vida inteira só querendo sorvete de chocolate, trabalho no escritório ou roupas brancas. Se - porque eu escolhi ser bombeiro quando criança - eu não mais pudesse virar professor quando me percebo apaixonado por ensinar. A vida engessada seria um pouco castradora. Uma infelicidade dentro dos padrões.

Ter foco, aptidão, gosto para algo é uma coisa. Reduzir os sonhos e as possibilidades por causa disso, é outra, totalmente diferente. Principalmente, porque muitos detalhes a gente só passa a conhecer com o passar do tempo, com as experiências vividas, com os caminhos que acabamos seguindo. E a gente pode, sim, ter gostado muito de suco de laranja durante um bom tempo da nossa vida e - de repente - experimentar novos sabores e passar a consumir outras coisas. Faz parte do processo. Engrandece, amplia horizontes, favorece a nossa adaptabilidade.

Só é preciso consciência e tranquilidade para fazer as escolhas certas daquela hora. E para aquela hora. Algumas escolhas são para sempre, ok. Essas independem da nossa vontade. Mas, mesmo assim, ainda teremos escolhas para fazer a respeito desta categoria. Até as coisas que não podem ser extintas ou apagadas, podem ser transformadas. Então, o que não precisa ser "paratodosempreamém", não deve ser encarado como uma decisão sem volta. Precisa ser enxergada com responsabilidade e discernimento, mas sem o peso da mão única.

E assim a gente vai seguindo e buscando o nosso caminho. Procurando os encontros, as semelhanças e o porto-seguro. Lutando, tentando, voltando, mudando, abdicando, arriscando, confiando, acreditando.
Tendo em mente que os planos são metas, sonhos e desejos e não "determinações compulsórias".
Pense nisso!

3 comentários:

  1. Ameeei o posT!!!

    Como sempre, escrevendo muito bem e td verdade!

    bjuss

    ResponderExcluir
  2. vc sabe que eu te amo né? e entendi o recado. bjão. Saudades!

    ResponderExcluir
  3. Realmente, as escolhas não são eternas e nunca temos certeza se foram certas. Há muitas trilhas a seguir, há muitos encontros e desencontros que as vezes nos deixam tristes, inseguras e porque não dizer, com vontade de recomeçar...As vezes o que sonhamos nunca se torna realidade...E o dia a dia é uma lição constante de novas experiências, pois, a vida é uma busca incessante da felicidade, da realização e alegria interior, por isto, muitas escolhas não podem ser permanentes, embora algumas sejam para sempre.

    ResponderExcluir